ESPECIAL DE NATAL
Natal, o nascimento de Cristo
Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald (*)
"Para nós, cristãos, o Natal assume proporções extraordinárias e contém ensinamentos profundos, como revela a própria essência divina"
Cada celebração do nascimento de Cristo é uma reafirmação da força invencível da Verdade e do Bem. Mostra o valor de uma luz que se acende nas trevas. Em meio à fome, discórdias, conflitos e guerras entre os homens, cada comemoração do nascimento do redentor deve ser um ato de Fé na mensagem salvífica do Evangelho e o anúncio da solidariedade do Cristo com os homens. Aí está a da invencibilidade da Luz que ali se acendeu. A Festa do Natal nos convida insistentemente à reflexão. Oportunidade esta para uma visão retrospectiva sobre os mais de dois milênios que nos separam do nascimento de Cristo em Belém. A doutrina que ele veio trazer aos homens, os caminhos que abriu, os resultados de sua obra, iniciada no estábulo, compensaram, nesse longo período da história, tanto sacrifício e abnegação? Obviamente, a resposta é afirmativa se nossa apreciação é feita à luz da fé, tendo em vista os insondáveis desígnios de Deus. Mas também nossa apreciação é positiva sob o ângulo puramente terreno. Basta olhar a trajetória da humanidade nesses séculos, para ver que o Menino nascido em Belém é realmente vitorioso.
Pensemos no fim da escravatura, na emancipação da mulher, na preservação do direito à vida, na preocupação pelo bem-estar do outro, nos direitos humanos, na justiça e igualdade para todos etc. Interessante observar que as idéias por ele ensinadas agem como fermento, às vezes sem o rótulo de origem, mas que ao observador arguto são facilmente identificáveis. Além disso, ajudou à melhor explicitação da lei natural, mesmo entre aqueles que não aceitam o nome de cristão. Porém, depois de mais de dois mil anos resta ainda um longo caminho a percorrer para uma total aceitação de uma doutrina que não pode ser vivida por partes, mas que traz em si uma exigência de uma opção definitiva. Junto ao Prescépio, observemos o mundo em que vivemos: corações amargurados, guerras, ódios, injustiças chocantes, egoísmo e individualismo exacerbados, miséria deplorável, fome, doenças, desemprego, narcotráfico crescendo verticalmente, desrespeito à pessoa humana, assaltos e assassinatos etc. e temos aí uma idéia do caminho a percorrer.
Todos buscam na época do Natal, a alegria, embora muitos ignoram sua origem ou confundam-na com a manifestação de sentimentos meramente humanos quando, na verdade, ela revela um acontecimento extraordinário na História: o nascimento do Redentor. A universalidade das comemorações natalinas é algo assombroso em um mundo que aparenta estar divorciado do eterno. Nas mais diversas modalidades, mesmo sem conheceram explicitamente o Cristo, e até rejeitando-o os homens se alegram e desejam uns aos outros felicidade. Há preocupação em comunicar ao próximo o bem-estar. Como uma aula universal, um mestre invisível para muitos, mas sempre admirável cada ano transmite ao mundo lições de paz, de concórdia, de fraternidade. O Natal, infelizmente deturpado em algumas de suas manifestações, é uma escola do Bem, um impulso em busca do Infinito.
Diante de nossa realidade, das imensas dificuldades do mundo de hoje, alguém que contemple o Presépio e escute a voz misteriosa de Deus, que se fez carne, não poderá ser dominado pelo pessimismo. Porque, brota do íntimo do ser humano um imenso grito de gratidão, de reconhecimento a esta Criança, que se fez semelhante aos homens, para que nós nos assemelhássemos a Deus. Do silêncio de Belém, emana uma magnífica proclamação de presença de Deus no mundo. Ali está o Salvador fonte de felicidade e paz. O Prescépio exprime uma lição a um mundo que valoriza exageradamente o dinheiro, o poder e o gozo. Na manjedoura está alguém que de tão pobre nem uma casa possui, nasce em um estábulo, desconhecido dos poderosos. De outro lado, recebe com o mesmo carinho pobres e ricos, ignorantes e letrados, pastores, reis e sábios. Seu ensinamento é de união e renúncia e não de ódio e separação. O Natal nos faz encontrar o Senhor na forma mais humana e humilde. Na pobreza da gruta o homem descobre o seu Criador e, se aceita voluntariamente o Santo descido até nós, recebe uma força que nos leva até Deus.
Para nós cristãos o Natal assume proporções extraordinárias e contém ensinamentos profundos, como revela a própria essência divina. O Natal proclama a inserção de Deus no mundo, neste mundo em que nós vivemos. Ele não se envergonhou de se nivelar a nós, pois em sua geneologia se encontram pecadores. Esta inserção de Cristo na humanidade é uma mensagem de humildade e de perdão. Seu nascimento ultrapassa toda a obra de Deus Criador, plenifica as maravilhas da providência divina. Ele se irradiou e está vivo em toda parte. O Precépio é de maneira inefável a manifestação de Deus, único e santo. O Natal nos faz encontrar o Senhor na forma mais humana e humilde. Na pobreza da gruta o homem descobre o seu Criador e, se aceita voluntariamente o Santo descido até nós, recebe uma força que nos leva até Deus. Em meio ao bulício das festas e transbordamentos de alegres manifestações, é importante e necessário preservar a tranqüilidade interior para uma frutuosa e douradora comemoração do Natal.
Nesta conjuntura, como viver o nascimento de Cristo? Festejos meramente profanos? Votos vazios de significado real? Ou, pelo contrário, gratidão pela vinda de Deus, aceitação de sua presença em nossa vida, apoio à sua mensagem de justiça e amor? Então a celebração do Natal tem sentido: na mensagem de felicidade que desejamos aos amigos, a voz assume novo timbre, os presentes se enriquecem, pois transmitem a alegria do coração, o fruto de paz, oriundo do Presépio. Natal é a riqueza de Deus oferecida aos homens. Vamos recolher esse tesouro, e reparti-lo com nossos irmãos, com todo o Povo de Deus. Dentro desta fundamentação cristã, abrindo o coração a uma alegria inesgotável, que se expressa também materialmente, lembremo-nos dos que sofrem, dos injustiçados, dos que não conhecem o Cristo. Assim, o Natal, pobre ou rico, entre sorrisos ou lágrimas, terá o brilho da estrela de Belém e a paz da manjedoura: aqui estará o Cristo, fonte de felicidade e paz. É este o Natal de 2010 que eu desejo aos leitores do jornal O POVO.
(*) redentorista, professor-titular aposentado da UFC e assessor da CNBB Reg. NE1
Vídeo sobre o Natal
Cordel mostrando que o nascimento de Jesus é o verdadeiro sentido do Natal.
As comemorações do Natal em alguns países:
A celebração do Natal de Jesus pode variar de acordo com os costumes, a religiosidade e até o clima local de cada país. Conheça como a data é celebrada em algumas partes do planeta.
África do Sul: como o Natal ocorre num período de temperaturas elevadas, os sul africanos fazem a ceia numa grande mesa no jardim ou no quintal. Lá a árvore e a troca de presentes não podem faltar.
Alemanha: Além dos festejos comuns a outros países, quatro domingos antes do Natal as famílias se reúnem e fazem a Coroa do Advento,com quatro velas que serão acesas (uma a cada domingo). Faz parte da tradição enfeitar as árvores de natal com pequenas bolachas cobertas de glacê colorido.
Austrália: Na ceia não pode faltar peru, presunto, pudim de ameixa e também os pratos de origem aborígine, canguru defumado, molho de brandy e merengue de nozes. Muitas flores e plantas completam a decoração das casas. Os presentes só são distribuídos na manhã do dia 25 campo.
Áustria: As arvores de Natal são enfeitadas com velas e os presépios espalhados por toda parte dão o tom da festa. Músicos tocam trombetas nas torres das igrejas anunciando a hora da Missa do Galo e durante a celebração os fiéis seguram lanternas e cantam 'Noite Feliz'.
Bélgica: No dia 4 de dezembro Papai Noel visita as crianças e pergunta quem se comportou bem. No dia 6, ele deixa presentes nas cestinhas deixadas pela criançada perto da porta. Algumas crianças deixam cenouras nas cestinhas para as renas do bom velhinho.
China: O costume de comemorar o Natal é relativamente novo. As árvores são artificiais e enfeitadas com símbolos de papel, flores e pequenas lanternas. Meias são penduradas na sala pelas crianças que ficam a espera de Papai Noel.
Espanha: O presépio é o símbolo máximo da época. Ele é feito por adultos e crianças, alguns são representados por pessoas e à meia-noite do dia 24 uma vela é acesa para iluminar o Menino Jesus.
Estados Unidos: Os americanos não fazem ceia. O tradicional peru e a reunião familiar são na hora do almoço. Os presentes são abertos na manhã do dia 25. Uma característica marcante da data é a luminosidade: luzes são colocadas nas ruas, árvores, casas, prédios e lojas.
Finlândia: Na terra de Papai Noel, durante o Natal, os finlandeses têm o hábito de visitar cemitérios e prestar homenagens aos entes queridos mortos
França: Os franceses fazem a mesma festa para o Natal e para o Ano Novo. Nas duas datas há troca de presentes, eles comem os doces típicos, que são feitos de marzipã, coberto com chocolate e tem o formato de tronco de árvore. O nome da iguaria é buche. Também existe a tradição de queimar uma tora de madeira da noite do Natal até a virada do ano. Esse ritual garante boa colheita o ano inteiro.
Inglaterra: Há mais de mil anos os ingleses festejam o período natalino da mesma forma. Os festejos são bem tradicionais, com presentes, árvore enfeitada, guirlandas, músicas natalinas, missa e ceia.
Iraque: são poucos os cristãos que vivem no país e estes têm como principal tradição à leitura da Bíblia em família. Outra coisa que não pode faltar é o 'toque da paz, que consiste em um padre abençoar as pessoas.
Japão: neste país apenas 1% da população é cristã e o hábito de comemorar a data só ganhou destaque após a Segunda Guerra Mundial, quando o povo foi influenciado pelos americanos. Hoje há ceia, pinheiros enfeitados e troca de presentes.
Rússia: a marca da ceia natalina dos russos é a presença de muito mel, grãos, frutos e nenhum tipo de carne. Lá o Natal é festejado no dia 7 de janeiro. No período de comunismo no país, as árvores de Natal foram proibidas e substituídas por árvores de ano novo.
Suécia: Os festejos começam no dia 13 de dezembro, data dedicada a Santa Luzia, santa protetora dos olhos. Faz parte da festa nesse dia uma tradicional procissão na qual as pessoas carregam tochas acesas. No mais, a celebração é bem parecida com a brasileira, com árvores enfeitadas, reunião de parentes e amigos, troca de presentes, comidas e bebidas da época.
Fonte: www.ilustrar.com.br
Segundo a tradição católica, o presépio foi criado por São Francisco de Assis, no século XIII, em 1223, na região da Úmbria. Com a permissão do Papa, montou um presépio de palha que representava o ambiente do nascimento de Jesus, com pessoas e animais reais e não bonecos. Neste cenário foi celebrada a missa de Natal e o sucesso foi tamanho que rapidamente se estendeu por toda a Itália. As esculturas e quadros que enfeitavam os templos para ensinar os fiéis serviram de inspiração para que se criasse o presépio, que hoje é uma tradição na Itália, na Espanha (a tradição chegou com o rei Carlos III, que a importou de Nápoles, no século XVIII), na França (inícios do século XX), no Tirol austríaco, na Alemanha, na República Checa, na América Latina e nos Estados Unidos.
Anjos cantores anunciam uma boa notícia. "Glória no mais alto dos céus e paz na terra aos homens de boa vontade". Anjos, ou seja, mensageiros surgem nos céus para confirmar o nascimento do filho de Deus. Pela melodia que entoam prenunciam um novo tempo.As primeiras canções natalinas datam do século IV e são cantadas até hoje na véspera de Natal.
Na ponta da árvore de Natal e, muitas vezes, sobre o presépio se coloca a Estrela de Belém. Simboliza a estrela-guia dos magos e sábios do Oriente. A Estrela possui quatro pontas e uma cauda luminosa, como um cometa.
O Evangelho de Mateus é o único a relatar a vinda dos sábios do Oriente. Posteriormente, acrescentaram-se inúmeras lendas, uma das quais dizendo que eles vieram da Pérsia. No século V, Orígenes e Leão Magno propõem chamá-los de reis-magos. No século VII, eles ganham nomes populares: Baltazar, Belquior e Gaspar e trazem ouro, incenso e mirra para o menino Jesus. No século XV, lhes é atribuída uma etnia: Belquior (ou Melchior) passa a ser de raça branca, Gaspar, amarelo, e Baltazar, negro, para simbolizar o conjunto da humanidade.
A árvore natalina é simbolizada por um pinheiro enfeitado de luzes e de bolinhas vitrificadas coloridas, e para os cristãos e reúne dois símbolos religiosos: a luz e a vida.
Uma a lenda conta que havia três árvores próximas aos presépios: uma oliveira, uma tamareira e um pinheirinho, que desejavam honrar o recém-nascido. A oliveira ofereceu suas azeitonas, e a tamareira suas tâmaras, mas o pinheirinho não tinha nada a ofertar. Lá do alto, as estrelas desceram do céu e pousaram sobre os galhos do pinheirinho oferecendo-se como presente.
A tradição da árvore é bem antiga (segundo e o terceiro milênio A.C.), quando povos indo-europeus consideravam as árvores uma expressão da energia de fertilidade da Natureza, por isso lhes rendiam culto. A civilização egípcia considerava a tamareira como árvore da vida e a enfeitava com doces e frutas para as crianças. Na Roma Antiga, os romanos penduravam máscaras de Baco, o deus do vinho, em pinheiros para comemorar uma festa chamada "Saturnália", que coincidia com o nosso Natal. Na Mitologia Grega, as árvores eram utilizadas para reverenciar deuses. Elas representavam as possibilidades de evolução e elevação do homem e eram consideradas intermediárias entre o céu e a terra. Na China, o pinheiro simboliza a longa vida e, no Japão, a imortalidade.
O carvalho foi, em muitos casos, considerado a mais poderosa das árvores. No inverno, quando suas folhas caíam, os povos antigos costumavam colocar diferentes enfeites nele para atrair o espírito da natureza, que se pensava que havia fugido.
A atual árvore de Natal aparece na Alemanha, no século XVI e, no século seguinte, são iluminadas com velas. No século XIX, em 1837, a esposa alemã do duque de Orleans introduz este costume na França. Ainda no século XIX, a tradição chegou à Inglaterra e a Porto Rico. Em 1912, Boston, nos Estados Unidos, inaugura uma árvore iluminada numa das praças centrais da cidade, e isto se espalha pelo mundo, inclusive em países não-cristãos. No século XX, torna-se tradição na Espanha e na maioria da América Latina.
Em muitos países, durante o advento, se faz com ramos de pinheiro uma coroa ou guirlanda com quatro velas para esperar a chegada do menino Jesus., Estas velas simbolizam as grandes etapas da salvação em Cristo. No primeiro domingo deste tempo litúrgico, acende-se a primeira vela que simboliza o perdão a Adão e Eva. No segundo domingo, a segunda vela acesa representa a fé. A terceira vela simboliza a alegria do rei David, que celebrou a aliança e sua continuidade. A última vela simboliza o ensinamento dos profetas.
Acender velas nos remete à festa judaica de Chanuká, que celebra a retomada da Cidade de Jerusalém pelos irmãos macabeus das mãos dos gregos. Lembramos também da remota festa pagã do Sol Invencível dos romanos (Dies solis invicti), celebrada na noite do solstício de inverno, em 25 de dezembro. Os cristãos transformam-na na festa da luz que é Cristo. Na chama da vela estão presentes todas as forças da natureza. Vela acesa é símbolo de individuação e de nossos anos vividos. Tantas velas, tantos anos. Para o cristão, as velas simbolizam a fé, o amor e a vida.
As renas carregam sinos de anúncio e de convocação. O sino simboliza o respeito ao chamado divino e representa o ponto de comunicação entre o céu e a terra. Remete ao ambiente rural, o tempo da igreja matriz e seus sinos e toques de aviso e de convocação para a vida e para a morte.
O toque mágico do Natal vêm com a brancura e o frio da neve no hemisfério norte que exigem que as pessoas convivam mais dentro das casas. Nos países frios, as crianças se acostumaram a sair nos dias de neve de Natal para criar seu próprio homem de neve. Só é preciso armar duas grandes bolas de neve e colocá-las uma sobre a outra. Uma cenoura serve de nariz, um cachecol velho, um chapéu, algumas laranjas para os olhos e quatro galhos para servir de pés e mãos e o boneco de neve está pronto.
A tradição popular se transformou em peça de decoração de árvores de Natal, mesmo em países tropicais como o Brasil.
A confecção do primeiro cartão de Natal, costuma ser atribuída ao britânico Henry Cole que, em 1843, encomendou a uma gráfica um cartão com a mensagem: "Feliz Natal e Próspero Ano Novo" porque não tinha tempo para escrever pessoalmente a cada um de seus amigos.
Mas, em 1831, um jornal de Barcelona, na Espanha, quis colocar em funcionamento a técnica da litografia felicitando seus leitores pelo Natal mediante uma estampa, o que já pode ser considerado uma forma de cartão de Natal.
O costume de desejar Boas Festas com o uso de um cartão se estendeu por toda a Europa e, a partir de 1870, estes cartões começaram a ser impressos coloridos. Já a partir desta época a imagem do Papai Noel - com suas diversas variações ao longo das décadas - começou a ser freqüente nos cartões de Natal.
Personagem destacado no Natal é o Papai Noel. São Nicolau, chamado Santa Klaus, bispo de Myra, na Lícia antiga (atual Turquia). Durante o século IV, este homem de fé marcante foi transformado legendariamente neste Papai universal que oferece às crianças presentes, brinquedos e carinhos.
Uma lenda conta que São Nicolau, no dia de sua festa, 06 de dezembro de cada ano, passava de telhado em telhado depositando presentes nas meias colocadas nas chaminés.Ele estaria acompanhado de um "homem mau" encarregado de punir as crianças desobedientes. Era um homem bondoso que ficava feliz em presentear gente pobre. Converteu-se, com o tempo, em protetor das crianças, dos marinheiros, dos viajantes e dos mercadores, os tradicionais provedores de presentes.
Em 1087, mercadores italianos roubaram de Myra as relíquias deste bispo e a trouxeram para Bari, na Itália, onde hoje se encontram.
Nicolau foi substituído em alguns países pela lenda do menino Jesus que distribuiria presentes na noite do dia 24 de dezembro. Unindo estes contos às antigas lendas nórdicas, renas, trenós de neve e gnomos míticos, temos hoje todos os ingredientes de um conto infantil capaz de comover até os adultos que ainda sonham com sua infância.
Na Antigüidade se trocavam presentes na festa do solstício de inverno, como um sinal de renovação. Em Roma, festejava-se a deusa Strenia. Nos países nórdicos, o deus Odin à cavalo sobre uma nuvem trazia para as crianças recompensas ou punições face ao seu comportamento.
O atual Papai Noel, de roupa vermelha e saco às costas, nasceu nos Estados Unidos, na metade do século XIX, como um São Nicolau sob a forma de um gnomo ou duende e, logo em seguida foi transformado em um simpático velhinho. Ele é introduzido na Europa depois da Primeira Guerra Mundial e se impõe pouco a pouco pela pressão comercial.
A lenda diz que o bom velhinho vive no Pólo Norte e tem amigos duendes que o ajudam a entregar os presentes. E, como cada país no mundo vive em um horário diferente, ele consegue entregar todos os presentes no tempo certo.
Além disso, as renas que guiam seu trenó têm anos de prática e conseguem voar muito rápido. São tantas que Noel não consegue contar. O nome de algumas das renas do Papai Noel, em inglês, são: Dasher, Dancer, Prancer, Vixen, Comet, Cupid, Donder e Blitze. A primeira vez que foram mencionadas foi em uma história chamada Uma Visita de St. Nicholas, escrita por C. Clement Moore, em 1823. rena do nariz vermelho surgiu bem depois das outras, em uma história chamada Rudolf, a Rena do Nariz Vermelho, de 1939. Antes mesmo da publicação do conto, Rudolph foi chamado de Rollo e Reginald
Uma série de bolos e massas são preparados somente para o Natal e são conhecidos por todo mundo.O bolo recheado de frutas secas e uvas secas é uma tradição do Natal italiano. Ele foi criado na cidade de Milão, não se sabe ao certo por quem. Existem três versões. A primeira diz que o produto foi inventado, no ano 900, por um padeiro chamado Tone. Por isso, o bolo teria ficado conhecido como pane-di-Tone. A segunda versão da história conta que o mestre-cuca Gian Galeazzo Visconti, primeiro duque de Milão, preparou, em 1395, o produto para uma festa. E a última versão é mais romântica e conta que Ughetto resolveu se empregar numa padaria, para poder ficar pertinho da sua amada Adalgisa, filha do dono. Ali ele teria inventado o panetone, entre 1300 e 1400. Feliz com a novidade, o padeiro permitiu que Ughetto se casasse com Adalgisa. No Brasil, a tradição surgiu depois da Segunda Guerra Mundial quando imigrantes italianos resolveram fazer o mesmo panetone consumido por eles na Itália na época de Natal
Fonte: www.ilove.terra.com.br
A história do presépio de Natal
no estábulo, acompanhado pela Virgem Maria, São José e por uma vaca ou jumento. Outras figuras podem ser acrescentadas figuras como os pastores, ovelhas, anjos ou os reis Magos. Essencialmente, os presépios
são expostos em igrejas, mas também em casas particulares e até mesmo em locais públicos. A prática ainda é mantida, na maioria dos casos, por países europeus, apesar que o surgimento da árvore de Natal foi relegando o presépio a uma posição cada vez mais secundária nas tradições natalinas.
O surgimento dessa arte remonta há mais de 19 séculos de história, se levadas em conta as primeiras peregrinações a Belém no século 3 como forma de celebrar o nascimento de Cristo, seguidas das representações
do nascimento em pinturas e afrescos, no século 4, até o momento em que São Francisco de Assis decide comemorar a véspera de Natal na Itália, em 1223, encenando o episódio da chegada de Jesus.
Apesar do episódio de São Francisco, foi somente no século 15 que reconstruções da noite de Natal passaram a ser representadas cenicamente, compostas por figuras em tamanho natural e painéis com relevos ao fundo, nas catedrais. E quando as figuras se libertaram das paredes dos altares, podendo ser apreciadas de todos os lados, soltas e independentes umas das outras, é que se inicia a história do presépio em seu conceito atual: uma cena modificável, a ser montada conforme as diferentes épocas do calendário litúrgico e de colocação temporária em datas
definidas, além do retorno regular todos os anos.
Tal construção se dá somente em fins do século 15, enquanto a primeira notícia sobre um presépio montado em casa privada refere-se ao ano de 1567, quando a duquesa de Amalfi (Itália) adquire dois baús com 116 figuras de
presépios com as quais representava o nascimento, a adoração dos Magos e outras cenas da Bíblia. Até o século 18, essas construções terão espaço sobretudo nas cortes, que, por valorizarem essa manifestação, levavam os artistas a criarem figuras de excepcional qualidade.
Usado como instrumento de catequese por missionários católicos, o presépio chegou a todas as partes do mundo, das savanas africanas às áreas nevadas dos pólos, em diferentes estilos, como se verá a seguir.
Os estilos
O estilo mais célebre e sofisticado de presépio é, porém, o napolitano do século 18, arte que atingiu seu auge nos adereços em miniatura (os chamados finimenti) e no elevado número de cenas da vida popular. O rei Carlos III, de origem espanhola, tornou-se o grande patrono dessa arte em Nápoles, incentivando famílias ricas a adquirir figuras de alta qualidade, enquanto artistas buscavam representações cada vez mais suntuosas. Produziam cabeças em terracota, olhos de vidro, braços e pernas em madeira, unidos a estruturas de arame revestidas que formavam o corpo de figuras maleáveis. Mais marcantes eram os trajes do casal sagrado, dos cidadãos napolitanos e dos Reis Magos e sua exótica comitiva, adornadas em seda, ouro, pedras preciosas, madrepérola, marfim, além de inúmeros instrumentos de música, de sopro e corda, trabalhados em madeira ou latão. Boa parte dessas obras era exposta em praça pública.
Também em Portugal foram produzidos alguns dos mais belos presépios do mundo, não só de valor folclórico, mas como obras de arte naturalista. Mesmo nas cenas mais realistas, dos pastores ajoelhados ou da família com os meninos a caminho do presépio, o talento da composição e o estilo das roupagens exprimem uma força que se não encontra nas grandes esculturas naturalistas da época. Os chamados barristas reproduziam com terra cenas da vida popular e, pela exuberância de seu trabalho, fizeram do século 17 em Portugal o século dos presépios, período áureo dessa produção tipicamente nacional.
O presépio brasileiro
A história do presépio brasileiro é fruto da influência dos colonizadores de Portugal, Espanha e França, principalmente. Segundo estudiosos, em 1532, o padre Jose de Anchieta, ajudado pelos índios, já modelava em barro pequenas figuras representando o presépio, com o propósito de incutir-lhes a tradição cristã e honrar o menino Jesus no dia de Natal. Mas foi entre os séculos 17 e 18 que os presépios foram definitivamente introduzidos e difundidos no Brasil, inicialmente se inspirando nos modelos europeus e, mais tarde, adquirindo fisionomia própria e a riqueza de linhas que marcaram o barroco nacional.
O índio, o negro, o caboclo, a fauna, a flora, a mitologia afro-americana, usos e costumes, transformaram as influências externas em cenas comuns da vida diária: lavadeiras no rio; caçadores, fazendeiros e trabalhadores cuidando de animais ou montados a cavalo; mulheres cuidando dos filhos ou tirando água no poço; moinhos, cisternas, fontes e rios escorrendo por baixo das pontes. Além da paisagem esboçada nos presépios conter montanhas, árvores, casas de todos os gêneros, pintadas com cores vivas, e a igrejinha iluminada.
Vários estados do Brasil possuem uma rica série de presépios, como o presépio da cidade de Piriripau, exposto no Parque do Ibirapuera no 4º Centenário de São Paulo, com 42 cenas que vão do nascimento atá a ressurreição de Cristo. No Vale do Paraíba, a arte presepista desenvolveu-se de tal maneira que os presépios em barro cru pintado desenvolvidos pelos “figureiros do Vale” são vendidos em outras regiões, com colorido diferenciado.
Em Minas Gerais, António Francisco Lisboa, o Aleijadinho, decorou não só as igrejas de sua terra natal, Ouro Preto, como fez presépios para a aristocracia crioula, esculpindo figuras não superiores a trinta centímetros com uma requintada elegância, como pastores rezando e os Reis Magos.
Museu do presépio – a idéia de um museu de presépios teve início em 1949 em São Paulo, quando Francisco Matarazzo Sobrinho trouxe da Itália um precioso exemplar do Presépio Napolitano, do século 18, composto por 1620 peças. Anos mais tarde, o sonho tomou forma no Museu de Arte Sacra da capital, onde se encontra o original e mais 130 presépios, que revelam a diversidade de exemplares no mundo, como o do México, com modelos de barro seco e cortiça, e o da Áustria, com madeira, coquinho e pinhas.
A cena do nascimento contempla uma seqüência bem definida: conta que Maria, na companhia de José, viajava à Belém por motivo de recenseamento em toda a Galiléia, quando depois de muito tempo à procura de um lugar para ficar tiveram que pernoitar numa gruta nas imediações de Belém. Ali Maria deu a luz ao menino Jesus, envolvendo-o em panos e, como não havia lugar disponível, deitando-o numa manjedoura destinada a animais (no presépio, uma vaca e um burro). O filho de Deus é reconhecido, no momento do nascimento, por pastores da região avisados por um anjo sobre a chegada do Messias. Dias mais tarde, magos (ou reis) vindos do Oriente e guiados por uma estrela, vêm oferecer presentes ao recém-nascido, no caso ouro, incenso e mirra.
O calendário do presépio começa normalmente com a anunciação à Virgem Maria, seguida pela visita a Santa Isabel. A procura de um albergue em Belém dá inicio ao ciclo do Natal em si. Segue a anunciação aos pastores e aos Reis Magos, assim como o cortejo destes dois grupos distintos em direção ao presépio e a adoração. A fuga para o Egito finaliza o circulo mais restrito dos festejos do Natal.
Por fim, um presépio não é constituído somente por figuras: a paisagem contribui com o efeito da cena, assim como as construções que não se limitam ao estábulo, variando de acordo com a região em que os presépios são executados.
Há um ritual que deve ser seguido por aqueles que se dispõem a preservar as tradições cristãs, enriquecido também por crendices populares:
1 - O presépio deve ser montado quatro domingos antes do Natal
2 - O menino Jesus só aparece em cena na noite do dia 24
3 - Os Reis Magos são colocados no final de uma estradinha, que vai terminar na manjedoura, e diariamente movimentados em direção a ela, de forma que só estejam diante do Menino Jesus no dia 6 de janeiro
4 - A data correta para desmontar é no batismo de Jesus, que tem data móvel
5 - É comum - e recomendável - que se acendam incensos durante todo o tempo que o presépio permanecer montado
Fonte; www.http://visaoemfoco.ativoforum.com
Árvores de Natal 2011
As Árvores de Natal 2011: As mais belas e famosas do mundo
Árvore de Natal do Ibirapuera:
A Belíssima árvore do Ibirapuera foi Inaugurada neste domingo, dia 04/12. A Atração de SP possui 58 metros de altura sem contar os 8 metros da estrela do topo da árvore.
Árvore do Rio de Janeiro, Lagoa Rodrigo de Freitas
A árvore possui 85 metros de altura e de Acordo com o Guinness Book é a maior Árvore flutuante do Mundo. Todo ano ela é erguida na Lagoa Rodrigo de Freitas:
Árvore de Natal do “Rockefeller Center” em NY:
A árvore que fica localizada em Nova York possui 30 mil lâmpadas que já foram acessas:
Árvore da Casa Branca – Lado de Fora:
Washington, nos Estados Unidos a Casa de Obama foi enfeitada com árvores Lindas, a de fora:
E a árvore da Famosa Sala Azul:
Árvore de Natal, Puro Ouro
A árvore de Natal que fica localizada em loja de joias em Tóquio, no Japão, tem apenas 2,5 metros de altura, porém de toda de Ouro puro. A árvore não é para se vender, porém vale US$ 2,1 milhões.
Árvore Tailandesa:
A árvore é gigantesca e foi criada dentro de um Shopping em Bangkok:
Natal em Estrasburgo, ao leste da França:
A árvore mais importante da França, é gigante e marca a abertura do mercado de Natal em Estrasburgo, a cidade possui uns dos mercados mais tradicionais de Natal do mundo, o Christkindelsmärik (mercado do menino Jesus em português), que atrai aproximadamente 1,6 milhões de visitantes nesta temporada:
Na Alemanha:
Centenas de Pessoas, Alemãs ou Turistas, Vão visitar o Mercado de Natal tradicional de Frankfurt:
Berlim:
O Natal de Berlim, Também na Alemanha é grande e Iluminado. A árvore fica em frente ao Palácio do Reichstag, que é sede do Parlamento Alemão.
República Checa:
Na praça da Cidade Velha a Visão é Linda! O natal chegou para os Mexicanos:
Natal na Rússia:
A Praça Vermelha foi enfeitada por uma Bela árvore de Natal em Moscou.
Na Líbia:
Após tantos conflitos, em Beirute a árvore tem a seguinte frase: ”Feliz Natal e Feliz Ano Novo!” escrita em vários idiomas.
SOBRAL NO CEARÁ - BRASIL
Os galhos da árvore foram feitos com redes, dezenas delas enfeitam e dão um ar mais rústico a árvore de natal da cidade d
e Sobral, no Ceará.
NATAL - RN
A Árvore de Natal da cidade de Natal está localizada no Bairro de Mirassol. Tem 126 metros de altura e lâmpadas nas cores azul e branco. No seu entorno durante o mês de dezembro acontece feira de artesanato, apresdentação de grupos folclóricos e shows com artisas da terra, além do funcionamento de uma praça de alimentação.
ARACAJU - SERGIPE
Árvore de natal ecológica em Aracaju. Ela conta com mais de 5 mil garrafas pet e a sua montagem durou cerca de 20 dias. Tem 15 metros de altura de altura.
Que os jogos de vídeo games viciam e inspiram crianças, jovens e adultos por décadas, ninguém possui a menor dúvida. Agora, que os gamers teriam a criatividade de transformar os jogos em verdadeiras obras de arte, poucos pensariam ao jogar space invaders no atari pela primeira vez. O que falar de Pac Man, quem poderia dizer que transformaria um dos símbolos da tecnologia em árvore de natal? Isso mesmo. É exatamente o que alguns gamers criaram, árvores de natal inspiradas em temas dos clássicos games de todos os tempos. Veja como ficou!
Pac Man
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