MOTIVOS DA RENÚNCIA DO PAPA GERAM ESPECULAÇÕES
Quais teriam sido os verdadeiros motivos que levaram
o Papa Bento XVI a renunciar?
Fiéis, especialistas, cada um tem uma resposta, uma versão.
Depois do choque, começam as especulações. Uma guerra
de possibilidades, suspeitas e versões sobre o verdadeiro motivo da renúncia do
Papa Bento XVI.
Teria sido um problema de saúde? Só na terça (12)
o Vaticano revelou que o Papa usa um marca-passo, um
aparelho para controlar o ritmo do coração. Ninguém fora do círculo do Papa
sabia que ele dependia do aparelho há 10 anos.
O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse
que as baterias do aparelho foram substituídas há três meses em um pequeno
procedimento cirúrgico. Mas garantiu que isso não tem qualquer relação com a
decisão de Bento XVI em deixar a liderança da Igreja Católica.
Os especialistas também falam em uma guerra política
nos bastidores do Vaticano, uma disputa que envolve uma rede de intrigar. Joseph
Ratzinger enfrentou o escândalo do vazamento de documentos secretos denunciando
corrupção nos negócios do Vaticano. Além dos casos de pedofilia, que envolveram
padres do mundo todo.
O jornal do Vaticano garante que o Papa não está
fugindo das suas responsabilidades, nem das intrigas. Mas acredita que só com o
tempo os fiéis e a igreja vão entender a importância de sua herança e a nobreza
do seu gesto.
O certo é que o último compromisso do Papa vai ser no
dia 27 de fevereiro, uma quarta-feira. Será uma audiência pública para se
despedir dos fiéis na Praça São Pedro. Depois, o Papa Ratzinger vai para a
residência de verão.
Ele deve ficar por lá durante um mês, até o fim da
reforma no apartamento onde vai morar, que fica em uma ala separada no Vaticano,
na clausura de um convento de freiras.
No dia 28 de fevereiro, o anel do pescador usado por
Bento XVI será destruído. O símbolo do poder vai ser esmagado, e com o ouro
fundido será fabricado o anel do sucessor.
É mais um momento crucial para a Igreja Católica: novo
Papa, novos caminhos, novas ideias, novas diretrizes. Para os críticos, a igreja
precisa se modernizar, abrir mão da oposição às mudanças. Para os conservadores,
a igreja é o que é. E o futuro a Deus pertence.
Fonte:
Globo.com