“Assim como
outras datas são importantes para nossas vidas, o dia 02 de novembro, mais
conhecido como dia de finados, também tem sua relevância, pois foi criado em
homenagem às pessoas falecidas. A morte é o cessar definitivo da vida, seja ela
humana, vegetal ou animal, que pode acontecer por diferentes motivos, como
doenças, acidentes ou violência. O dia dos mortos é um dia de respeito,
dedicado para que as famílias celebrem a vida eterna dos seus entes falecidos,
tendo esperança de que tenham sido recebidos pelo reino de Deus. As missas em
memória às pessoas falecidas tiveram sua origem no século IV, mas foi no século
seguinte que a igreja passou a consagrar um dia para essa celebração. A escolha
da data se deu em virtude do dia de todos os santos, primeiro de novembro, pois
os religiosos acreditavam que todas as pessoas, ao morrerem, entram em estado
de graça, mesmo não sendo canonizados. A cultura de dedicar um dia para
homenagear os mortos varia muito de localização ou religião, mas segue os
princípios do catolicismo, pois a partir do século XI, os papas Silvestre II,
João XVII e Leão IX passaram a exigir tal celebração. No México, ao invés de
melancolia, os mortos são homenageados com grandes festas. Isso faz com que o
país receba visitas de turistas de todo mundo. Existem alguns símbolos que são
muito utilizados no dia dos mortos para homenageá-los. Os crisântemos
representam o sol e a chuva, a vida e a morte e por serem flores mais
resistentes são muito usadas nos velórios. As velas significam a luz do
falecido, as coisas boas que eles deixaram para seus parentes vivos”.
Texto de Jussara de Barros - Graduada em
Pedagogia
Morre no orgulho, na ignorância, na fraqueza.
Morre um dia, mas nasce outro.
Morre a semente, mas nasce a flor.
Morre o homem para o mundo, mas nasce para Deus.
Esta é a esperança do ser humano que crê em Deus.
Triste é ver gente morrendo por antecipação...
De desgosto, de tristeza, de solidão.
Pessoas fumando, bebendo, acabando com a vida.
Essa gente empurrando a vida.
Gritando, perdendo-se.
Gente que vai morrendo um pouco, a cada dia que passa.
Essa vontade de rasgar o infinito para descobri-los.
De retroceder no tempo e segurar a vida.
Ausência: - porque não há formas para se tocar.
Presença: - porque se pode sentir.
Essa lágrima cristalizada, distante e intocável.
Essa saudade machucando o coração.
Esse infinito rolando sobre a nossa pequenez.
Esse céu azul e misterioso.
Ah! Aqueles que já partiram!
Aqueles que viveram entre nós.
Que encheram de sorrisos e de paz a nossa vida.
Foram para o além deixando este vazio inconsolável.
Que a gente, às vezes, disfarça para esquecer.
Deles guardamos até os mais simples gestos.
A lembrança dos dias alegres.
Daquela mão nos amparando.
Daquela lágrima que vimos correr.
Da vontade de ficar quando era hora de partir.
Essa vontade de rever aquele rosto.
Esse arrependimento de não ter dado maiores alegrias.
Essa prece que diz tudo.
Esse soluço que morre na garganta...
Há tanta gente morrendo a cada dia, sem partir.
Esta saudade do tamanho do infinito caindo sobre nós.
Esta lembrança dos que já foram para a eternidade.
Meu Deus!
Que ausência tão cheia de presença!
Que morte tão cheia de esperança e de vida!
Adaptação: Sandra Zilio