No próximo dia 11 de dezembro, Boa Saúde comemora 60 anos de emancipação política. Quem presenciou esse acontecimento percebe a diferença entre a Boa Saúde de ontem e a Boa Saúde de hoje.
A geografia física da cidade era representada, basicamente, pela praça em frente à igreja de Nossa Senhora da Saúde, pela Rua de Baixo, pela Rua de Cima e pela Rua da Bueira. Essas ruas, logo, passaram a ter nomes em homenagens a pessoas que contribuíram para o crescimento da cidade: Rua Heronides Câmara, Rua Dr. Mário Câmara e Rua Tenente Adauto Rodrigues da Cunha. A praça recebeu o nome de Nossa Senhora da Saúde. Hoje, a geografia física de Boa Saúde é outra. Conta com várias praças, avenidas e ruas.
Nesses sessenta anos, aconteceram mudanças em vários aspectos da vida da comunidade de Boa Saúde. A energia elétrica, gerada a motor diesel, foi substituída pela energia de Paulo Afonso. A população passou a contar com água encanada, telefone público e residencial, sinal de TV, além de outros benefícios.
Na educação, além do ensino fundamental (antigo curso primário), a cidade passou a contar com todos os níveis de ensino. Na saúde passou a contar com um hospital/maternidade e a presença de profissionais da área da saúde. Antes a população contava apenas com a assistência de um farmacêutico e de parteiras curiosas.
O comércio e a prestação de serviços cresceram e se diversificaram. As bodegas e mercearias deram lugar aos supermercados e mercadinhos bem sortidos. A cidade passou a contar com restaurantes, posto de combustível, lava jato, comércio de material de construção, armarinhos e uma bem concorrida feira semanal.
As estradas de acesso à cidade receberam asfalto e o transporte para Natal, antes feito em determinados dias da semana, passou a ser diário e em dois horários.
O crescimento e desenvolvimento da cidade é visível e inegável mas, existe muito por fazer. Incentivo a geração de renda, saneamento básico e reciclagem do lixo são alguns dos aspectos que merecem maior atenção do poder público, assim como, uma maior atenção em relação à preservação da memória da cidade. Hoje, sem saudosismo, sentimos falta da igreja antiga, do grupo escolar construído em 1935, do mercado antigo, da casa de Heronides Câmara e de outros prédios antigos que deixaram de existir. Mas, ainda é tempo de preservar o que existe. Os prédios antigos, da Prefeitura e da Câmara Municipal, precisam urgente de uma restauração e de uma nova destinação.
Por motivo de viagem, antecipo os meus parabéns aos governantes e aos boasaudenses pela data maior da nossa cidade!
José Alaí
CONSTRUÇÕES ANTIGAS (DEMOLIDAS) E CONSTRUÇÕES NOVAS