EU SOU AQUELA MULHER
CORA CORALINA
Eu sou aquela mulher quem o tempo muito ensinou.
Ensinou a amar a vida, não desistir da luta.
Recomeçar na derrota. Renunciar a palavras e pensamentos negativos. Acreditar nos valores humanos....Ser otimista.
Creio numa força imanente que vai ligando a família humana
numa corrente luminosa de fraternidade universal.
Creio na solidariedade humana. Creio na superação dos erros
e angústias do presente.
Acredito nos moços. Exalto sua confiança, generosidade e idealismo. Creio nos milagres da ciência e na descoberta de uma profilaxia futura dos erros e violências do presente.
Aprendi que mais vale lutar do que recolher dinheiro fácil.
Antes acreditar do que duvidar.
CORA CORALINA
Fonte:http://aumagic.blogspot.com.br
Cora Coralina, nasceu Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, em Vila Boa de Goiás em 1889.Cora Coralina era doceira de profissão, começou a escrever aos 14 anos, e seus primeiros textos foram publicados nos jornais locais. Cora estudou somente as primeiras séries do primário, durante esses anos escolares publicou seu primeiro conto, Tragédia na Roça.Cora Coralina casou-se com o advogado Cantídio Tolentino Bretas, em 1910, e mudou-se par o interior de São Paulo, primeiro em Avaré depois em Jaboticabal. Em 1924 mudou-se para São Paulo. Depois da morte do marido, Cora Coralina vendeu livros para sustentar os três filhos. Como o dinheiro era pouco, mudou-se para Penápolis, e começou a vender lingüiça caseira para ajudar com as despesas. Mudou-se em seguida para Andradina, até que, em 1956, retornou para Goiás.Aos 50 anos, assumiu o pseudônimo e passou a escrever poemas sobre a sua história de vida. Usando como inspiração sua cidade natal, sua simplicidade, escreveu poemas da mais alta qualidade literária. Até que suas poesias foram reconhecidas pelo grande Carlos Drummond de Andrade, e Cora Coralina ganhou a admiração do público. Seu primeiro livro, Poemas dos Becos de Goiás, foi publicado pela Editora José Olympio em 1965, quando a poetisa já contabilizava 75 anos. Reúne os poemas que consagraram o estilo da autora e a transformaram em uma das maiores poetisas de Língua Portuguesa do século XX. Seguido a este veio livro Meu Livro de Cordel. Finalmente, em 1983 lançou Vintém de Cobre – Meias Confissões de Aninha (Ed. Global). Cora Coralina faleceu em Goiânia a 10 de abril de 1985. Logo após sua morte, seus amigos e parentes uniram-se para criar a Casa de Coralina, que mantém um museu com objetos da escritora.