terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

OS 87 ANOS DE DONA ZEFINHA

Quem não conhece, não considera e não quer bem a essa pessoa chamada carinhosamente de Dona Zefinha, em Boa Saúde? Pois é, no dia 29 de Janeiro de 2011, Dona Zefinha estava com a casa cheia de gente comemorando os seus 87 anos de idade. Estavam os irmãos José e Ana, os filhos Nizardo, Nazário, Natércio, Nidarte, Nizarte e Nízia, os genros e noras, os netos, bisneto, e muitos dos seus amigos, num clima de muita alegria, confraternização e consideração.Josefa Nunes de Medeiros (Dona Zefinha) nasceu no dia 29 de Janeiro de 1924, no sítio Trangola localizado na zona rural de Currais Novos. Seus pais Cirilo Carolino de Alencar e Elvira Pinheiro Galvão vieram morar em Boa Saúde em 1932, quando ela tinha 6 anos de idade. Ao chegar a Boa Saúde Seo Cirilo com a família passou a residir numa das casas localizadas em frente à igreja, pertencente a Manoel Joaquim de Souza (Neco de Sinhá) até 1934. A mesma casa onde havia morado Otto Hackradt e depois residiu Manoel Teixeira de Souza (Nezinho) e, ainda hoje, reside Erotides Lúcio de Souza. Depois, pelo resta da vida, Seo Cirilo e Dona Elvira passaram a residir numa das casas mais antigas de Boa Saúde, localizada por traz da igreja.
Dona
Zefinha casou com Sebastião Cleodon de Medeiros, um paraibano de Bananeiras que passou a residir em Boa Saúde em 1939 e foi um dos principais comerciantes nas décadas de 1940/50/60. São filhos do casal: Nizardo, Nidarte, Nazário, Nizarte, Natércio e Nísia.Além da casa em festa durante o dia, à noite Dona Zefinha foi homenageada por ocasião da missa celebrada como parte da programação da Festa da Padroeira, Nossa Senhora da Saúde. Seu filho Nizardo foi o responsável pela emoção maior, fazendo a seguinte saudação:

Peço licença a Nossa Senhora da Saúde, que estamos em sua casa, ao nosso pároco e aos familiares e amigos de Dona Zefinha para saudá-la.

Ecoam nesta Casa de oração as vozes de filhos, netos, bisnetos, parentes e amigos, velho e fiéis amigos de amizade provada na tristeza e na alegria, na necessidade e na fartura. Misturam-se os sons da em oração aos de parabéns pelos seus 87 anos de cidadania dedicada à família, à igreja e à Boa Saúde. Este lugar foi a terra prometida pelo destino para que nela crescesse e se multiplicasse. A senhora chegou aqui na aurora da vida, uma menina, e hoje empresta o branco de seus cabelos à tarde prateada de um crepúsculo lindo e feliz.

Comove-nos o seu amor de mãe e nos sensibiliza a sua fidelidade de amiga sincera; a coragem de guerreira, empunhando o rosário, espada das lutas diárias; a inabalável na bondade de Deus e nas pessoas de boa vontade; a integridade do seu caráter e, por fim, a palavra sábia e certa de alma profética. Por isso, não raro, ouve-se alguém dizer: “Dona Zefinha, eu quero lhe pedir um conselho”. Esta vocação de amiga, mãe e mestra a transformou em estrela-guia do porto seguro de nossas vidas.

Olhe em volta, mamãe, e entenda por que Deus lhe deu longevidade. Ele foi bondoso ao conceder que vivesse, além do entardecer da existência, para que contemplasse a boa colheita de sua semeadura cristã. São filhos e filhas, genros e noras, netos e bisnetos. Somos com muito orgulho sua herança de vida, uma descendência que não chega a ser ainda árvore frondosa, mas nos faz lembrar a promessa de Deus a Abrão: “Olha para os céus e conta as estrelas, se é que podes”. E lhe disse: “Será assim tua posteridade”.

Estamos aqui, mamãe, para lhe pedir a bênção com amor, respeito e gratidão. Voltamos movidos pelo sentimento que deve ter inspirado o poeta gaúcho Mário Quintana a escrever: “Não é preciso correr atrás das borboletas. Basta cuidar do jardim e elas virão até você”.

Parabéns, Dona Zefinha, e vida longa... ainda mais longa. (Do seu filho mais velho, Nizardo)”