sexta-feira, 27 de setembro de 2013

CRESCEU O NÚMERO DE ANALFABETOS NO BRASIL


A taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos no Brasil registrou um pequeno crescimento entre 2011 e 2012, revelou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). O estudo divulgado nesta sexta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o índice nas cidades brasileiras passou de 8,4% na pesquisa de 2011 para 8,5% em 2012.
O Nordeste concentrava, em 2012, 54% dos analfabetos de 15 anos ou mais de idade. Entretanto, nos últimos oito anos, foi no Nordeste onde a queda foi mais elevada (de 22,5% para 14,4%). Entre 2011 e 2012, o percentual caiu nas regiões Sul (4,9% para 4,4%) e Norte (10,2% para 10%).
O analfabetismo funcional, que reúne as pessoas com até quatro anos de estudo, entre a população de 15 anos ou mais de idade, caiu de 20,4% para 18,3%. Entre os maiores de 25 anos, o percentual caiu de 15,1% para 11,9% de 2011 para 2012, um contingente de 3,4 milhões de pessoas. Os maiores índices de analfabetos funcionais estão no Norte e no Nordeste, mas o contingente diminuiu em todos os Estados, com destaque para a região Norte que teve redução de 3,4 pontos percentuais.
Fonte: IBGE

BOA SAÚDE TERÁ MÉDICO DO PROGRAMA MAIS MÉDICOS


O Ministério da Saúde recebeu a confirmação de sete médicos formados no Brasil e três no exterior inscritos para trabalhar no Rio Grande do Norte na 2ª etapa do programa Mais Médicos. As listas dos profissionais e dos respectivos municípios onde trabalharão foram divulgadas pelo órgão ministerial neste mês. Se efetivarem suas participações, os médicos se juntarão aos selecionados na 1ª fase do programa.
Os sete brasileiros foram selecionados para as cidades de Boa Saúde, Ielmo Marinho, Rio do Fogo, Tenente Laurentino Cruz, Touros, Upanema e Viçosa Já os médicos formados no exterior vão para Natal, para onde dois profissionais foram escolhidos, e Ceará-Mirim, na Grande Natal.
Fonte:
Gl Globo.com

ALERTA SOBRE O AQUECIMENTO GLOBAL

Relatório ambiental trará alerta sobre aquecimento
Estocolmo (AE) - Depois de seis anos de trabalhos, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas, a maior autoridade em aquecimento global do mundo, lança nesta sexta-feira um novo relatório-síntese sobre o estado do planeta. As constatações são drásticas: a concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, gás oriundo da queima de combustíveis fósseis e o mais nocivo ao ambiente, cresceu 40% desde 1750 e continua a se acumular. Com isso, a temperatura na Terra já subiu 0,89ºC entre 1901 e 2012 e vai se elevar entre 1,5ºC, no melhor cenário, e 6ºC no pior até o final do século. E isso é só o começo.
Embora cientistas e delegados governamentais tenham invadido a madrugada de ontem em discussões sobre a terminologia do documento - até as 18h, apenas 70% do texto havia sido aprovado após quatro dias do trabalho -, dados do relatório do IPCC já são conhecidos por fazerem parte dos mais importantes estudos científicos dos últimos seis anos. Por isso o novo relatório, que será anunciado às 10h em Estocolmo (5h de Brasília), é visto como o melhor inventário sobre o estado do planeta já realizado pelo homem.
Pelos cálculos do IPCC, a concentração de CO2 na atmosfera vem se intensificando - subiu 20% entre 1750 e 1958 e chegou a 40% hoje. O resultado imediato é o agravamento do efeito estufa, que provoca o aquecimento da Terra. “Cada uma das últimas três décadas foi mais quente que todas as décadas precedentes desde 1850, e a primeira década do século 21 foi a mais quente”, advertirá o relatório. Entre 2016 e 2035, o planeta deve aquecer entre 0,3ºC e 0,7ºC.
Com temperaturas mais elevadas, o derretimento de geleiras nunca foi tão intenso. Entre 1979 e 2012, o Ártico perdeu entre 3,5% e 4,1% de sua área a cada década. Na Antártida, a perda foi de 1,2% a 1,8% por década no mesmo período. As projeções indicam que em 2100, entre 15% e 85% das geleiras e extensões de neve da Terra terão desaparecido, considerados o melhor e o pior dos cenários.
Se o planeta aquece e parte das geleiras desaparece, maior se torna o nível dos oceanos. Entre 1901 e 2010 eles já subiram 19 centímetros e a previsão é de que aumentem entre 26 e 81 centímetros até 2100. O relatório do IPCC não diz isso - os impactos do aquecimento global serão discutidos em abril de 2014, no Japão -, mas um estudo científico recente publicado na revista Nature Climate Change indica que pelo menos 136 metrópoles costeiras com mais de um milhão de habitantes, como o Rio de Janeiro, correm risco de inundações. O custo para protegê-las, diz a pesquisa, é estimado em US$ 1 trilhão.
A conclusão mais importante de todas as trazidas pelo relatório não é nova, mas é cada vez mais certa. Com 95% de certeza, os cientistas indicam a ação do homem - “antropogênica” - como a maior causa do aquecimento global. Há seis anos, essa certeza era de 90%, e em 2001, de 66%.
Por apresentar uma síntese de dados tão densa e consensual, o IPCC - prêmio Nobel da Paz de 2007 - virou referência mundial. O sumário desta sexta-feira, de 31 páginas, escrito por 209 autores-líderes e 50 editores de 39 países, se baseia em outro relatório, de 2 mil páginas, a ser publicado na segunda-feira, dia 30.
Mesmo tendo sido alvo de ondas de críticas a partir de 2009 por erros pontuais em estudos, o relatório é considerado pelos próprios delegados governamentais como “extremamente influente”, devendo nortear as negociações diplomáticas entre a Conferência do Clima de Varsóvia (COP 19), em novembro, e a de Paris (COP 21), em 2015, quando líderes políticos tentarão fechar um novo acordo.

Fonte: Tribuna do Norte