sábado, 10 de dezembro de 2011

EMANCIPAÇÃO POLÍTICA:

PARABÉNS BOA SAÚDE!
PARABÉNS PELOS TEUS MAIS DE 15O ANOS DE POVOAMENTO!
PARABÉNS PELOS TEUS 58 ANOS DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA!

"A história contada por si só não basta. Seus personagens precisam estar vivos e, além de viverem em nossas memórias, em nosso sangue, precisam estar vivos nas suas obras, nos documentos que deixaram e imortalizados nas fotos e monumentos que, por ventura, mereceram ter em locais de destaque".



Chegaste até aqui pelo trabalho, pelo sacrifício e pela dedicação de muitas pessoas que aqui pisaram, deixaram rastros e marcaram presença no teu chão. É impossivel lembrar todas as pessoas que por aqui passaram e contribuíram, de uma forma ou de outra, para o crescimento e o desenvolvimento que alcanças-te.
Lembra-te dos primeiros Cachoeiras e de Antonio Badamero responsáveis pela construção da tua primeira capela dedicada a Nossa Senhora da Saúde?
Das tuas primeiras professoras nomeadas em11 de julho de 1886? Da professora Maria Emília, em 1933? Das primeiras professoras do Grupo Escolar Dr. Mário Câmara: Iolanda Medeiros, Conceição Costa e Adelaide Maciel? E de tantas outras professoras que se dedicaram à educação das tuas crianças e dos teus jovens?
E das parteiras curiosas que no passado ajudaram a nascer as tuas crianças? Dentre elas: Maria Cabôcla (Mãe Maria), Francisca Justino (Mãe Chiquinha). E Joaquina Preta (Mãe Joaquina), e tantas outras? E de seu Otacílio, teu primeiro farmacêutico, que salvou muitas vidas e prestou muitos serviços a tua população, na área de saúde? E ainda, de Cirilo Carolino de Alencar que sarjava panarícios e tumores acalmando a dor?
E de tuas rezadeiras, além de Joseja Cipriano (com todo respeito, Joseja Miau)?
Lembra-te dos teus construtores, pedreiros e carpinteiros? Pessoas como: Manoel Bernardino, João Gregório, Antônio Cabôclo, José Alexandre, João Birico, Manoel Matias e muitos outros?
E teus comerciantes? José Rodrigues de Carvalho, José Fernandes, Faustino Ferreira, Antônio Constantino, João Jorge, José Heonides da Câmara, José Calazãns, Otto Hackradt, Luiz Filgueira,
Lídio José da Costa (Lídio Jorge), Severino Dias de Paiva (Bidú), João Vicente, Manoel Teixeira de Souza (Nezinho de Souza), Sebastião Cleodon, Joaquim Cleodon, Pedro Cordeiro, Domício Félix, Fausto Cachoeira, Oliveira Cachoeira, Francisco Vieira (Chico de Penina) e tantos outros?
E dos teus proprietários de transporte de passageiros e de carga: Manaoel Costa, Luiz Francisco de Oliveira, Lídio José da Costa e Pedro Cordeiro de Oliveira.
Foram muitas as pessoas que contribuíram para o teu crescimento! Não te esqueças!
Os agricultores e criadores foram muitos: Lembra-te de João Ferreira Xavier, João Félix, Branco Félix e Francisco Ferreira de Souza (Chico Neco) no Logradoluro; Manoel Miguel e Dr Arnaldo Barbalho, em Cajarana; Paulino Diogo, na Favirota; Manoel Bezerra da Silva (Manoel Catingueira) e Manoel Cipriano em Logradouro de Cima; Manoel Ferreira da Costa (Neco Ferreira) em Picadinha; Manoel Joaquim dos Santos no Sítio São Joaquim; Abel Viana, na Fazernda Boa Esperança; Luiz Targino da Silva (Luquinha), João de Oliveira (Joca de Iô iô), Manoel Teixeira de Souza (Nezinho de Souza) e muitos outros?
E dos teus políticos: José Calazãns, José Heronides da Câmara, Manoel Joaquim de Souza (Neco de Sinhá), Manoel Teixeira de Souza (Nezinho de Souza), Antônio Augusto de Souza, Alexandre de Freita, José Aldo Barbalho, Alite de Medeiros Paiva, Severino Dias de Paiva, Vivaldo Gomes Brandão e tantos outros que assuiram cargos e funções no município?
E dos padres que por tua igreja passaram: Padre Antônio Brilhante, Padre Bianor, Padre Chacinm Mons. Barros, Padre Vilela,Padre Theobaldo,Padre Amorim? Essas pessoas não podem cair no esquecimento. Suas memórias devem ser perpetuadas sempre com um gesto de agradecimento.


Texto de José Alaí de Souza
Nota do autor: A intensão foi homenagear todas as pessoas que deram uma maior contribuição para o crescimento e desenvolvimento que Boa Saúde alcançou até hoje. Mesmo com uma pesquisa mais acurada seria impossível citar todos os nomes.

É PRECISO PRESERVAR! Podemos evoluir e crescer, sem destruir!



Nafoto maior vemos a Rua Heronides Câmara em meados da décadade 1970, por
ocasião de um desfile escolar organizado pela Professora Maria Helena Azevedo.
Na foto menor: a fachada de muitos prédios antigos ja não existe mais.

Foto antiga da Rua Heronides Câmara no início dos anos 70, ma ocasião em que era comemorada a vitória de José Aldo Barbalho para prefeito de Boa Saúde

Em Boa Saúde, como na maioria das nossas cidades, não existe a preocupação de conservar e preservar as construções mais antigas e, com esse comportamento, praças e ruas chegam a perder as suas características, como aconteceu com determinado trecho da Rua Heronides Câmara, no trecho que onde ficava o mercado antigo, a loja de Antônio Patrício, a Farmácia de Otacílio Barbosa e as lojas de Lídio José da Costa (Lídio Jorge) e Severino Dias de Paiva (Bidú) como na foto a cima.

Ao completar 58 anos de emancipação política, Boa Saúde nos leva a pensar no seu passado, na sua história e nas pessoas que nos antecederam. São muitos os personagens da sua história que precisam estar vivos em nossas memórias, precisam ser lembrados pelas obras e documentos que deixaram e, imortalizados nas fotos e monumentos.

Preservar a história é uma obrigação de todos nós. Entretanto, para que a nossa história seja preservada e, se possível, resgatada, é dever incontestável do poder público pois: é o legislativo que faz as leis e o executivo que dispõe das condições e dos recursos necessários para tal finalidade.

O patrimônio Histórico, segundo o decreto nº. 25 de 30/11/1937, é: “o conjunto de bens móveis ou imóveis existente no país e cuja conservação seja de interesse público, quer por se acharem vinculados a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico.” E ainda os monumentos, sítios e paisagens que importe conservar e proteger.

A preservação de prédios antigos tem mais sentido quando a eles se atribui uma função útil à sociedade. Por que não aproveitar o que já existe, ao invés de construir? Além da economia de recursos, velhas edificações como fábricas, residências, escolas, moinhos e templos poderiam ter seus espaços valorizados por serviços comunitários e atividades culturais. Por exemplo: Centros culturais e de lazer, abrigando salas para exposições, projeções de filmes, oficinas de arte, artesanatos e palestras; museus, arquivos e bibliotecas.

Cabe a cada comunidade preservar e decidir sobre o reaproveitamento dos testemunhos de sua história, garantindo assim sua própria humanização e qualidade de vida. Um povo pode crescer e evoluir, sem destruir. E a vida desta gente pode ser lida nas ruas de sua cidade, pois em cada pedra e em cada construção está a marca de sua história.