domingo, 13 de janeiro de 2013


Gastos secretos da Presidência da República vão de hotel a material de pesca

 Os gastos da Presidência da República com cartões corporativos classificados como sigilosos por se tratarem de "informações estratégicas para a segurança da sociedade e do Estado" incluem compra de produtos de limpeza, sementes, material de caça e pesca e até de comida de animais domésticos. As despesas secretas do Executivo federal somaram R$ 44,5 milhões entre 2003 e 2010. O gasto preponderante no período - R$ 31,6 milhões - refere-se a despesas com hotéis e locação de carros.

O jornal O Estado de S. Paulo revelou, em sua edição de domingo passado (06), que quase metade dos gastos com cartões corporativos do governo federal em 2012 é mantida em segredo. Em média, 95% dos gastos da Presidência são ocultados sob a alegação de sigilo.

Eleições
O maior gasto com cartão foi registrado em 2004: R$ 7 milhões, sendo R$ 3,5 milhões apenas com locação de carros, R$ 1,8 milhão com hotéis, R$ 273,2 mil com fornecimento de alimentação e R$ 65,9 mil com tecidos e aviamentos. Em seu segundo ano à frente da Presidência, o ex-presidente Lula percorreu diversas cidades em campanha para seus aliados.

Em 2006, também ano eleitoral, a Secretaria de Administração dobrou gastos com serviços de telecomunicações: as despesas passaram de R$ 88 mil para R$ 153 mil.

 

Lula será investigado pelo MPF


O Ministério Público Federal vai investigar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com base na acusação feita pelo operador do mensalão, Marcos Valério, de que o esquema também pagou suas despesas pessoais. Como o ex-presidente não têm mais o chamado foro privilegiado, que restringe investigações e processos contra autoridades a instâncias superiores da Justiça, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, decidiu remeter o caso à primeira instância.
A decisão de encaminhar a denúncia foi tomada no fim de dezembro, após o encerramento do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF). Condenado a mais de 40 anos de prisão, Valério mudou sua versão e declarou em depoimento à Procuradoria, em setembro do ano passado, que recursos provenientes do Banco Rural teriam sido usados não só para alimentar o esquema, mas também para pagar contas pessoais do presidente Lula.
O publicitário relatou que o dinheiro foi depositado na conta da empresa de segurança Caso, de propriedade do ex-assessor da Presidência Freud Godoy.

Em 2005, a CPI dos Correios detectou um pagamento feito pela SMPB, agência de publicidade de Valério, à empresa de Freud, no valor de R$ 98,5 mil.


O ex-presidente tem evitado se manifestar, mas disse que as declarações de Valério são mentirosas.

Fonte; Blog de Roberto Guedes