domingo, 1 de abril de 2012

SEMANA SANTA:

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A Semana Santa é o grande retiro espiritual, convidando os cristãos à conversão e renovação de vida. Ela se inicia com o Domingo de Ramos e se estende até o Domingo da Páscoa. É a semana mais importante do ano litúrgico, quando se celebram de modo especial os mistérios da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Antecede a Semana Santa, o tempo da Quaresma, período de 40 dias que começa na quarta-feira de Cinzas e termina na véspera do Domingo de Ramos, este ano no dia 1º de abril, quando tem início a Semana Santa. Nesses 40 dias, somos convidados a reviver a experiência dos 40 anos de travessia do deserto pelo povo de Israel e os 40 dias que Jesus passou no deserto antes de iniciar a sua Missão. Somos convidados a três atitudes que são os pilares da vida cristã: a Oração, relação do homem com Deus; o Jejum, relação do homem consigo mesmo; e a Caridade, relação do homem com o próximo. É um tempo rico de reflexão sobre a nossa vida, buscando valorizar o que temos feito de bom e dar um novo caminho ao que temos feito de ruim ou deixado de fazer. É o convite à conversão. Este ano o tema da Campanha de Fraternidade, durante a Quaresma foi:"Fraternidade e Saúde Pública" e o lema "Que a Saúde se Difunda Sobre a Terra", chamando a atenção para os problemas de saúde e clamendo por soluções.



Semana (pouco) Santa

Frei Betto *


No Brasil, a maioria é cristã. Cristãos avulsos, sem vínculos paroquiais ou comunitários. Por isso, profanamos a Semana Santa. Em vez do lava-pés na quinta-feira, lavamos a alma em dúzias de cerveja. Em vez da memória do Senhor morto na sexta, o churrasco no quintal e a sofreguidão de quem acredita que felicidade resulta da soma de prazeres. Em vez de aleluias no sábado, o mergulho em piscinas e mares. Em vez da Páscoa, a mais importante festa cristã, um domingo de lazer no qual se espera apenas que o Sol ressuscite dentre as nuvens e nos conceda a glória de seu brilho.
Estamos perdendo a memória das datas emblemáticas e dos ritos de passagem. Nossas crianças crescem no ateísmo prático, como se Deus fosse um camafeu guardado por suas avós numa caixa forrada de veludo. Se não há quem as leve à igreja, faça-as participar do lava-pés e da procissão da cruz, e cantar aleluias pela ressurreição de Jesus, como esperar que cresçam com algum sentimento religioso?
Tornam-se, pois, neófitas da religião das novas catedrais: os shopping-centers. Aprendem que a Semana Santa é apenas uma miniférias que demarca com nitidez duas classes de seres humanos: os que podem viajar e os que ficam. Se um dia forem relegadas à categoria dos que ficam, sentir-se-ão humilhadas, reagindo segundo a única escala de valores que conhecem: a do status a qualquer preço.
Os fatos históricos celebrados pela Igreja na Semana Santa fazem parte dos arquétipos que regem a nossa cultura ocidental. Olvidar-se que, no século 1, Jesus de Nazaré foi perseguido, preso, torturado e assassinado na cruz por “passar a vida fazendo o bem”, como sublinham as Escrituras, é perder a identidade cristã. Sem paradigmas e referências, invertemos os valores. Trocamos a religião pelo consumo, abraçando inclusive uma religiosidade prêt-à-porter, de quem busca nos astros e nas cartas, nos búzios e no I Ching o que convém à própria segurança psicológica.
Nenhuma preocupação com os pobres, nenhuma fome de justiça, nenhuma entrega à oração. Fugimos de práticas comunitárias como o diabo da cruz. Inventamos uma religião individual, na qual somos fiéis e bispos, profetas e doutores. Por isso nos encanta a literatura esotérica que nutre nossa fantasia com manuscritos arcaicos e anjos cabalísticos. Nada disso exige que se cumpra o fundamental: amar ao próximo, sobretudo o carente.
É Páscoa, mas não passo. Fico na minha. Entregue ao ócio dos feriados. Se possível, vendo filmes na TV. E não me peçam que pare o carro caso encontre um acidentado na estrada. Sujaria tapetes e bancos, impressionaria as crianças, atrasaria a viagem. Exceto se a fatalidade fizer com que o acidentado seja eu
.

• Frei Betto é escritor, autor do romance sobre Jesus “Entre todos os homens” (Ática), entre outros

MEMÓRIA VIVA:
Em 02/04/1915 nasceu Manoel Teixeira de Souza


Neste dia 02 de abril de 2012, Manoel Teixeira de Souza, mais conhecido como Nezinho de Souza, se estivesse entre nós estaria completando 97 anos. Era filho de Manoel Joaquim de Souza (Neco de Sinhá) e Antônia Augusta de Souza. Nasceu no dia 02 de abril de 1915, na Fazenda Jenipapo, no município de Santo Antônio/RN.
Nezinho de Souza residiu em Boa Saúde durante 48 anos (de 1940 a 1988). Era casado com Erotides Lúcio de Souza, filha do Coronel José Lúcio Ribeiro. Faleceu em 15 de novembro de 1988, aos 73 anos de idade.
Nezinho de Souza começou na política como vereador de São José de Mipibu, município ao qual Boa Saúde pertencia antes da emancipação política. Depois exerceu a função de sub-prefeito de Boa Saúde, no período de 1946 a 1948.
Foi uma das principais lideranças responsáveis pela criação do município de Boa Saúde em 1953 e no ano seguinte foi eleito o primeiro prefeito constitucional, exercendo o mandato de 1955 a 1960. Elegeu o seu sucessor e, na eleição seguinte, foi eleito para um segundo mandato, de 1965 a 1970, quando entregou a administração, novamente, a um correligionário. Assim, foi a principal liderança política de Boa Saúde, da segunda metade da década de 1940 até o início da década de 1970. Encerrou a sua carreira política, praticamente, por ocasião das eleições municipais de 1972, quando apoiou a candidatura única de Aliete de Medeiros Paiva a prefeito de Boa Saúde.
Nezinho de Souza era uma liderança nata. Um homem dedicado à causa pública, que gostava de resolver os problemas das pessoas. Sua palavra era respeitada e significava, para muitos, confiança e um ´ponto de apoio. Nezinho de Souza era uma pessoa do povo e por ele muito respeitado e estimado.