domingo, 28 de fevereiro de 2010

EXPLOSÃO EM BOA SAÚDE:O tratamento das atividades perigosas no Código Civil

O Código Civil brasileiro permite e facilita a prática de atividades perigosas mas, facilita também a concretização do direito da vítima, que obterá reparação de danos sem ter que provar a culpa do explorador da atividade. Artigo publicado na Tribuna do Norte de 28/02/2010, escrito pelo Professor Fernando Gaburri, da Faculdade Natalense para o Desenvolvimento do RN -FARN, trata do assunto. Vejam o conteúdo na íntegra:

"O acidente em Boa Saúde
Fernando Gaburri - Professor da FARN

1. O acidente causado por explosão de fogos de artifício

Em 02.02.2010, no Município de Boa Saúde/RN (a cerca de 70km da capital Natal), ocorria o encerramento da festa em homenagem à Padroeira local, Nossa Senhora de Boa Saúde. Cerca de 5.000 pessoas acompanhavam os festejos, quando, por volta de 20h, um dos fogos de artifício lançados ao alto (uma girândola) não teria explodido no ar, como deveria, vindo a detonar no chão, atingindo 32 populares que ali se encontravam.

A explosão se deu próximo ao palanque onde se realizavam atos religiosos, contando com a presença de inúmeras autoridades, dentre as quais a governadora do Estado e alguns prefeitos municipais. Essa explosão causou danos de ordem material, moral e estética a pelo menos 3 dezenas de expectadores, levando um deles a óbito. Mas como será apurada a responsabilidade civil da pessoa jurídica empresária contratada para fazer a apresentação pirotécnica? É o que procuraremos responder a seguir.

2. O tratamento das atividades perigosas no Código Civil brasileiro de 2002

O inovador parágrafo único do art. 927 do CC/2002 prevê a responsabilidade objetiva (sem prova de culpa do agente causador do dano) quando a atividade, normalmente desenvolvida pelo autor do dano, por sua natureza, importar em risco para os direitos de outras pessoas. Essa regra cai como uma luva para a solução de eventuais demandas judiciais de reparação de danos, envolvendo situações tais quais a que aqui apresentamos.

A regra brasileira inspirou-se no art. 2.050 do CC italiano e no art. 493º, 2, do CC português.

O direito português já teve oportunidade de aplicar essa regra em um caso bastante semelhante ao ocorrido em Boa Saúde/RN. Em 13.08.1992, na romaria de São Bento da Porta Aberta, fogos de artifício lançados em homenagem ao Santo atingiram uma mulher que estava com a filha ao colo, sob um abrigo. Ficou decidido pelo Supremo Tribunal de Justiça de Portugal que o lançamento de fogo de artifício é uma atividade perigosa, nos termos do art. 493º, 2, do CC de Portugal, semelhante ao parágrafo único do art. 927 do nosso CC.

O dispositivo do CC brasileiro traz uma cláusula geral de responsabilidade objetiva, que permite que atividades de risco sejam exercidas, porque úteis e interessantes à sociedade como um todo. Em compensação, aquele que exerce uma atividade de risco fica obrigado à indenizar os danos causados, ainda que inexista ilicitude no exercício daquela atividade.

3. O que distingue a nova teoria objetiva do CC/02 daquela já existente?

Em substância, não há diferença entre a já existente teoria objetiva, e aquela trazida pelo CC/02. O que ocorre é que agora passamos a ter duas bases legais para a responsabilidade objetiva:

a) nos casos especificados em lei: como já conhecíamos antes do CC/02, a regra sempre foi a da responsabilidade subjetiva (com culpa), exceto nos casos expressamente tipificados em lei, quando a responsabilidade será então objetiva. Todavia isso se dá em um sistema de numerus clausus, como se passa, por exemplo, com a tipicidade penal e tributária. Para explicarmos melhor este item, poderíamos adotar a seguinte fórmula: não há responsabilidade objetiva sem prévia previsão legal.

b) quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem: essa é uma cláusula aberta, que poderíamos comparar à relação entre a moldura e a tela. Essa cláusula geral funcionaria então como se fosse uma moldura dentro da qual podem se enquadrar vários tipos de atividades, tanto as já conhecidas, como as que no futuro se venha a conhecer.

Entendida a dinâmica da cláusula geral de responsabilidade objetiva por atividade de risco, resta-nos identificar o que se pode entender por “atividade de risco”.

4. O que se entende por atividade de risco?

Para se aplicar a nova teoria objetiva em relação às atividades de risco é necessário perquirir sobre o que vem a ser esse risco, noção bastante controvertida.

Na atualidade quase todas as atividades, como dirigir um automóvel ou operar uma máquina de cortar carne, implicam algum risco. Mas para a aplicação da teoria objetiva é preciso que o risco, objetivamente considerado, exceda os riscos normais a que cada um de nós estamos expostos.

Duas teses antagônicas se levantam, a do risco inerente e a do risco adquirido. Para a do risco inerente, o perigo é da essência da própria atividade. E para a tese do risco adquirido o perigo surgiria de algum defeito ou falta de zelo no exercício da atividade.

Para quem adota a tese do risco adquirido, a atividade cujo risco é de sua essência não poderia ser regida pela cláusula geral de responsabilidade objetiva, porque a causação de um dano não violaria nenhum dever de segurança. Já para os que adotam a tese do risco inerente, o que justifica a aplicação da cláusula de responsabilidade objetiva é unicamente a causação de um dano, independentemente de haver ou não violação de dever de cuidado. Em outras palavras, para o risco inerente, a atividade perigosa pode ser exercida de modo lícito que, havendo dano, fará com que seu explorador os repare.

Portanto, esse dispositivo inovador consegue equilibrar o direito ao desenvolvimento técnico, científico e artístico, com um mínimo de segurança à população, que é a certeza de que se alguém sofrer dano no exercício de uma atividade perigosa, porém lícita, será indenizado, sem que para tanto tenha que provar a culpa do causador do dano. A vítima, portanto, só precisa demonstrar a conduta (lançamento de fogos), o dano (ferimentos, dano estético e dano moral), e o nexo de causalidade entre ambos (que o dano resulta do lançamento dos fogos), para ter direito à uma reparação por dano material, e a uma compensação por dano estético e moral.

À guisa de arremate, podemos dizer que, ao mesmo tempo em que o direito permite e facilita a prática de atividades perigosas, facilita também a concretização do direito da vítima, que obterá reparação de danos sem ter que provar a culpa do explorador da atividade".

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

ACIDENTE EM BOA SAÚDE SERVE DE ALERTA

O acidente em Boa SaúdeRN/, que ao contrário das primeiras informações, não foi a explosão de um botijão de gás, e sim dos foguetões utilizados para o show pirotécnico, chama a atenção para prefeitos de todo o Estado.
Durante as festas de padroeiros, é comum o show de fogos.
Tanto depois das novenas, quanto na procissão.
Lembro de uma vez, na procissão de Nossa Senhora da Guia, em Acari, uma ‘vareta’ de foguetão caiu bem na cabeça de uma mulher.
Nas festas do interior, du-vi-de-o-dó que se chame Corpo de Bombeiros para vistoriar qualquer coisa.
Até porque a logística não permite.
Imagine que se houver um incêndio de grandes proporções em um município do interior do RN, vai ser difícil – se não impossível – a chegada dos bombeiros...
Imagine para somente vistoriar o espetáculo pirotécnico que o prefeito se orgulha de exibir para o seu povo.
Melhor mesmo é acabar com a farra dos fogos, antes que seja tarde demais.


Fonte: Thaisa Galvão

VÍDEO APRESENTADO PELA TV PONTA NEGRA : LAUDO DO CORPO DE BOMBEIROS SOBRE A EXPLOSÃO

O Corpo de Bombeiros divulgou dia 09 de fevereiro o resultado do laudo sobre as responsabilidades pelo acidente em Boa Saúde. O laudo apresentado aponta possíveis falhas do produto e do operador. Veja o vídeo a seguir veiculado pelo TV Ponta Negra:


domingo, 21 de fevereiro de 2010

EXPLOSÃO NA FESTA DA PADROEIRA DE BOA SAÚDE

EXPLOSÃO NA FESTA DA PADROEIRA DE BOA SAÚDE

O Jornal Tribuna do Norte deste domingo, 21 de fevereiro de 2010, publicou matéria sobre as vítimas da explosão,com fogos de artifício no encerramento da Festa da Padroeira de Boa Saúde e sobre o inquérito policial que apura o acidente. A seguir, a matéria na íntegra:

"Vítima luta para sobreviver no HWG
Tribuna do Norte - 21 de Fevereiro de 2010

Roberta Trindade - Reporter


No quarto amplo, pintado com cores claras, a porta entreaberta e a luz acesa. De longe é possível avistar uma mulher deitada em um dos leitos. Patrícia da Rocha Costa, 34 é uma das vítimas do acidente com fogos de artifício ocorrido em Boa Saúde, na terça-feira (2). Há 18 dias, a mulher está internada na enfermaria de número três, no leito 145 do Hospital Walfredo Gurgel. Parte do rosto de Patrícia está com curativo e 90% do corpo enfaixado devido à queimadura que sofreu durante o acidente.

                                                       Marcelo Barroso


Patrícia da Rocha Costa teve 90% do corpo queimado no acidente ocorrido com fogos de artifício, durante a festa da padroeira de Boa Saúde
No braço direito, o soro é trocado todas as vezes que o tubo está próximo de chegar ao fim.Patrícia não tem ideia de quando vai receber alta, mas sabe que ainda terá que passar por várias cirurgias de enxerto. Todos os dias é feito um novo curativo nos ferimentos e para isso, Patrícia tem que ser anestesiada, caso contrário, não aguentaria a dor insuportável. Entre as dificuldades, o momento do banho também é um terror para a dona-de-casa. “É difícil demais. Não consigo sequer dizer o que estou sentindo”. Os segundos, minutos, horas e dias vão passando lentamente, mas parecem intermináveis longe da casa onde Patrícia mora com o marido e a filha de 13 anos, em Maretas, município de Serrinha.Se a saúde não está boa, a mente também não anda nada bem. Patrícia presenciou há dez dias, a morte de Maria das Dores de Oliveira do Nascimento, 45. Maria também teve 90% do corpo queimado durante a festa da padroeira de Nossa Senhora da Boa Saúde e faleceu devido à gravidade dos ferimentos. “Ela estava na cama do meu lado. Uma noite começou a passar mal. Gemia e pedia para eu ajudá-la. Foi a noite inteira assim”, lembra Patrícia.A paciente se recorda que uma enfermeira ficou durante toda a madrugada ao lado de Maria. “Nem assim teve jeito. De manhãzinha ela parou de gemer e tombou a cabeça para o lado. Estava morta”.Depois da morte de Maria das Dores, a saúde de Patrícia piorou. Ela, que já sentava na cama e andava pelos corredores do hospital regrediu e agora permanece deitada, levemente inclinada. Não consegue mais andar. Diante da situação, Patrícia tem sido assistida por uma psicóloga. “Não tenho medo de estar no mesmo quarto em que Maria faleceu, mas não esqueço do momento de vê-la morrendo”.A dona-de-casa não lembra como sofreu o acidente, diz que se recorda apenas que soltavam os fogos. “Olhei para cima e pensei que aqueles fogos eram perigosos. Depois disso, acordei no hospital”.É na unidade hospitalar que Patrícia deve permanecer ainda um longo período. No corpo da vítima há pigmentos de pólvoras que restaram dos fogos de artifício. “Me disseram que eu fiquei só de calcinha porque minha roupa toda queimou e que corria pelas ruas pedindo socorro. Não lembro de nada disso”.


Sonhos de uma mulher que teve a vida paralisada
Mesmo com o corpo todo enfaixado, Patrícia acredita que, muito em breve, poderá voltar para casa. A dona-de-casa tem alguns sonhos que pretende realizar, assim que puder estar ao lado da família. “Quero fazer um jantar especial com carne assada e macaxeira. Dá água na boca”.Mas, este não é o principal desejo da paciente. “Quero poder varrer meu terreiro, tomar banho sozinha, matar a saudade do meu pai, do meu marido e da minha filha”.E tem mais: “Também quero ir nas casas das minhas amigas para “jogar conversa fora” e assistir televisão. Aqui no hospital tem TV, mas não pega muito bem”.Se, para a maioria da população andar pode parecer um ato normal do ser humano para Patrícia caminhar representa muito. “Imagine, quando eu puder caminhar novamente pelas ruas do lugar onde moro. Sentir o vento batendo em meu rosto. A sensação será maravilhosa. Não vejo a hora deste dia chegar”.


Menino acidentado ainda precisa passar por cirurgia
Igor Rodrigues tem apenas 10 anos, porém, já passou por uma experiência nada satisfatória. Ele, também foi vítima do acidente com fogos de artifício. Para passar o tempo no hospital brinca na brinquedoteca. Tímido, Igor fala pouco. Diz que não está sentindo dores nos braços e pernas (onde foram as queimaduras) e que deseja voltar logo para casa. “Quero ir embora”, sorri discretamente.O garotinho ainda terá que passar por uma cirurgia, no pé, nos próximos dias. Infelizmente, este não é o único problema que Igor terá pela frente. A avó do menino é Maria das Dores que também estava internada no hospital e que faleceu. “Ele não sabe que a avó morreu. O médico disse que não é prudente falar agora. Pode ser pior”, afirma Francisco Rodrigues da Silva, 47 avô de Igor.De acordo com Francisco, o garoto será criado por ele. “Eu vou cuidar do meu neto. Dar estudo e, principalmente, mostrar o que é certo e errado, nesta vida”.O mecânico recebe por semana R$ 100 e garante que mesmo com pouco dinheiro e sem a ajuda da avó e da mãe do menino vai poder sustentar o garoto. “Ele não quer voltar para a mãe. Eu tenho braços e pernas para lutar”.Sobre os dias que estão passando no hospital, Francisco explica que não tem o que reclamar. “Somos bem atendidos aqui. Não nos falta nada”.


Investigação
O delegado Petrus Antonnios, titular da Delegacia Regional de São Paulo do Potengi e que preside o inquérito policial onde se apura a causa do acidente afirma que na próxima quarta-feira irá colher o depoimento de oito testemunhas e que já foram ouvidas 12 pessoas de um total de 30. O delegado ainda aguarda o resultado do laudo do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) para juntar aos autos e adiantar as investigações. Petrus explica que não ouviu os representantes da empresa I. M. Pinheiro (empresa responsável pela queima de fogos). “Ainda estou ouvindo testemunhas e vítimas”".

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

EXPLOSÃO NA FESTA DA PADROEIRA: Morre no WG vítima do acidente com fogos em Boa Saúde
O jornal TRIBUNA DO NORTE, na edição dessa quinta-feira 11/02/2010 noticiou o falecimento de Mariaa José Alves do Nascimento, uma das vítimas do acidente com fogos de artifício ocorrido no último dia 2, em Boa Saúde. A seguir, a matéria na ìntegra:"Morre no WG vítima do acidente com fogos em Boa SaúdeMaria das Dores Alves do Nascimento, 45 anos, uma das vítimas do acidente com fogos de artifício ocorrido no último dia 2, em Boa Saúde, morreu na madrugada de hoje (11), às 5h50.Maria das Dores estava internada no hospital Walfredo Gurgel, com fraturas expostas nas duas pernas, queimaduras de grande extensão no tórax, abdome e pernas. Ela já havia realizado uma cirurgia para colocar um fixador externo nas pernas.O corpo de Maria das Dores já está no Instituto Técnico Científico de Polícia do Rio Grande do Norte (Itep), para que seja identificada a causa da morte. Ainda estão internados Igos Fernandes, de 10 anos, e Patrícia Rocha, de 34, que teve mais de 90% do corpo queimado".
Postado por José Alaí de Souza às 7:15 AM
EXPLOSÃO NA FESTA DA PADROEIRA: Laudo não esclarece acidente com fogos

O jornal DIÀRIO DE NATAL, edição de 10 de fevereiro de 2010, sobre a explosão no encerramento da festa da padroeira de Boa Saúde, publicou a seguinte matéria:"Laudo não esclarece acidente com fogosInvestigação dos bombeiros sobre explosão em Boa Saúde aponta mais de uma possibilidadePaulo de Sousa // jpaulosousa.rn@dabr.com.brA falha no equipamento usado na queima de fogos ou o descuido do profissional responsável são apontados pelo Corpo de Bombeiros como prováveis causas para o acidente que feriu 34 pessoas durante um espetáculo pirotécnico na festa da padroeira de Boa Saúde, cidade a 63km de Natal, no último dia 2. Segundo o comandante da corporação, o coronel Bombeiro Claúdio Christian, o laudo sobre o acidente, divulgado ontem, indica que pode ter havido pouca carga para disparo do morteiro, uma explosão do tubo de lançamento ou ainda a demora na detonação no rojão, como também o uso de calibres diferentes e material reutilizado pela empresa pirotécnica.O comandante explica que a vistoria feita no local do acidente mostrou que havia morteiros de vários calibres, entre duas, três ou cinco polegadas. Somente isso pode ter dificultado o controle da queima dos fogos. "Houve a imperícia do técnico ao utilizar esse material". Também foi verificado que existia tubos de detonação de cinco polegadas danificados, o que pode indicar que eles explodiram durante à queima. "Isso pode acontecer após várias utilizações do mesmo tubo, causando desgaste do material". Esse detalhe pode indicar que houve uma explosão acidental da bomba dentro do tubo. Outros detalhes importantes notados na inspeção, segundo o coronel, foi a falta da distância mínima de segurança e de uma estrutura básica de fixação dos morteiros.Cláudio Christian revela também que, a partir da verificação de um buraco em frente ao quiosque onde teria ocorrido o acidente, a explosão dos fogos de artifício ocorreu quando eles tocaram o solo. Isso pode indicar que a espoleta usada nesse morteiro tinha elevado tempo de detonação. O laudo levanta ainda a hipótese de que houve carga insuficiente de pólvora para a impulsão do rojão.O coronel ressalta ainda que não foi apresentada pela empresa o certificado do profissional de blaster, que é o técnico treinado para planejar e operar a queima de fogos. "A presença desse profissional é necessária para a execução do espetáculo pirotécnico, pois nesse tipo de atividade de risco, é importante saber o que se está fazendo. Não é simplesmente chegar de qualquer jeito e fazer, sem conhecimento". O comandante do Corpo de Bomebeiros lembra também que é necessária a conclão do laudo pericial do Instituto Técnico Científico de Polícia (Itep) para apontar a real causa do acidente.O acidenteO acidente em Boa Saúde ocorreu por volta das 20h30 do último dia 2, durante uma queima de fogos no encerramento das festividades padroeira da cidade. Segundo o Coronel Francisco Reinaldo Lima, comandante do Comando de Policiamento do Interior, um dos fogos de artifício teria desviado o percurso e caído sobre um quiosque e explodiu no chão. Ao todo, 22 foram socorridas no Hospital Municipal Dr. Januário Cicco, enquanto que 12 outras foram levadas para o Pronto Socorro Clóvis Sarinho, em Natal, sendo quatro delas em estado grave".
Postado por José Alaí de Souza às 5:38 AM
O jornal TRIBUNA DO NORTE, edição dessa quarta feira, 10 de fevereiro de 2010 voltou a noticiar sobre a explosão na Festa da Padroeira de Boa Saúde, referindo-se ao Laudo dos Bombeiros. Acompanhem na íntegra a matéria:"Laudo dos Bombeiros só aponta as irregularidadesO Corpo de Bombeiros Militar divulgou na manhã de ontem o laudo do acidente ocorrido na cidade de Boa Saúde, a 69 km de Natal, na terça-feira (2), no último dia de comemoração da festa da padroeira local. Porém, o laudo não aponta responsáveis. Ainda não é possível afirmar o que realmente causou a explosão que feriu 46 pessoas, mas já se pode apontar várias irregularidades no manuseio dos fogos de artifício utilizados para a realização do show pirotécnico.Na inspeção, o Corpo de Bombeiros constatou duas hipóteses para o acidente. Uma que aponta a falha no produto (na bomba) e outra resultante de erro do operador. “Os erros constatados serão anexados ao inquérito civil que está sendo movido para a investigação do caso. Porém, somente com o laudo do Instituto Técnico-Cientifico de Polícia, poderá realmente ser apontado o que causou a explosão”, contou o coronel do Corpo de Bombeiros, Cláudio Christian.Entre as falhas encontradas nos produtos, estão a insuficiente carga de impulsão - que impossibilita que a bomba suba até a altura esperada para explodir; e a espoleta com elevado tempo de detonação. No laudo foi registrado ainda o encontro de um morteiro de papelão estourado, levando a entender que no local aonde foram preparados os fogos para o show, ocorreu uma explosão acidental - que não está necessariamente relacionada à explosão ocorrida no quiosque e que feriu as pessoas na praça.Nas falhas observadas pelo Corpo de Bombeiros, estão a utilização de bombas com diferentes calibres - a maioria de três polegadas, mas havia também algumas com cinco polegadas e outras menores; e a reutilização de tubos de lançamento mais vezes que o recomendado, ocasionando a fadiga do material no momento da detonação.Se tratando de morteiros de três polegadas, outra falha ainda foi constatada pelos Bombeiros. Neste caso, o fogos deveriam estar a, pelo menos, 75 metros da multidão. No entanto, estava em uma quadra de esportes dentro de uma escola a menos de 50 metros de onde estava acontecendo a festa. “Pelo quantidade de objetos que estavam no local e a força da explosão, para mim, a quantidade de feridos ainda foi pouca no acidente. Poderia ser uma tragédia ainda maior”, afirmou o coronel, se referindo ao grande número de pedras e de objetos plásticos - cadeiras e mesas - que estavam junto a multidão e que poderiam ter ferido mais pessoas.Houve falhas também na preparação dos fogos de artifício. As bases utilizadas para apoiar os morteiros eram pedras, armações frágeis e até mesmo areia - alguns tubos eram parcialmente enterrados como forma de apoio. “Percebemos também uma inclinação nessas bases, o que mostra a imperícia do responsável pelos fogos. Pedimos a empresa que nos apresentasse o blaster que preparou o show pirotécnico, mas não obtivemos resposta”, afirmou o coronel.Blaster é o profissional habilitado pelo exercito para manusear fogos de artifício. A Lei Nº 9.187, em vigor desde julho de 2009 e que despõe sobre medidas de segurança contra incêndios pertinentes a espetáculos pirotécnicos, exige que a empresa contratada para a realização de shows pirotécnicos tenha uma pessoa com essa habilitação. “Constatamos ainda que a empresa não tinha o alvará da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Dame) para a comercialização de fogos de artifício”.
Postado por José Alaí de Souza às 5:34 AM

O CORREIO BRASILIENSE, um dos jornais de Brasília/DF noticiou a Explosão na Festa da Padroeira de Boa Saúde, na sua edição de 03 de fevereiro de 2010, com a seguinte manchete e teor: "Polícia abre inquérito para investigar explosão que feriu 34 pessoas no interior do RN A Polícia Civil instaurou nesta quarta-feira (03) um inquérito de investigação para apurar as causas da explosão acontecida na noite de ontem, durante a festa da padroeira de Boa Saúde, município localizado há 69 km de Natal, que vitimou aproximadamente 32 pessoas com queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus.A investigação do caso fica a cargo do delegado Sérgio Freitas, que deve realizar o trabalho em parceria com o titular da regional de São Paulo do Potengi, Petrus Antonnius, que se encontrava de férias, mas foi chamado em caráter de urgência pelo Delegado Geral da Polícia Civil, Elias Nobre, para participar investigação. O comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, Christian Bezerril já descartou a versão de que um botijão de gás teria sido o causador da detonação. Segundo estudos preliminares, segundo ele, dados preliminares conseguidos junto ao ITEP sinalizam para ter sido um rojão o causador da explosão, conforme afirma o diretor do Policiamento do Interior, o delegado Osmir Monte, %u201CAs investigações tiveram início no dia de hoje, mas já fomos informados pelos técnicos do ITEP que a causa da explosão foi um rojão que não atingiu a altura necessária e acabou detonando entre as pessoas que participavam da festa em celebração a Nossa Senhora de Boa Viagem%u201D. Osmir Monte também disse que seria dada toda atenção ao caso, tendo em vistas a gravidade do acontecimento.De acordo com o diretor da Dpcin, se o procedimento padrão tivesse sido seguido pelos organizadores, o acidente poderia ter sido evitado. O procedimento ao qual o delegado se refere é a ação consoante a lei 9.187, a partir da qual toda cerimônia onde haja queima de fogos é necessário ser realizada uma inspeção prévia do Corpo de Bombeiros. %u201CInformações passadas pelos Bombeiros indicam que não houve fiscalização uma vez que também não existiu a solicitação por parte da prefeitura da cidade%u201D, aponta.No local, técnicos do ITEP coletaram uma amostra dos fogos a fim de a partir da perícia, fundamentar uma análise mais completa de todo o processo que desencadeou o acidente.A polícia também informou que todas as vítimas estão sendo relacionadas com o intuito de prestarem depoimentos aos delegados sobre o que aconteceu no momento exato da explosão".
Postado por José Alaí de Souza às 10:23 AM 0 comentários
Domingo, Fevereiro 07, 2010

EXPLOSÃO NA FESTA DA PADROEIRA

O jornal DIÀRIO DE ANTAL, dessa sexta-feira, 06 de janeiro, publicou a seguinte matéria sobre a explosão ocorrida no encerramento da Festa da Padroeira de Boa Saúde:"Empresa de fogos não tem habite-seRelatório sobre acidente em Boa Saúde também confirma que distância entre explosivos não foi respeitada
Além de confirmar as várias irregularidades encontradas durante inspeção, o resultado do relatório do Corpo de Bombeiros sobre a queima de fogos que teria causado um acidente com 34 vítimas durante uma festividade na cidade de Boa Saúde, na noite da terça-feira, mostra que a empresa I.M. Pinheiro não tinha registro de Habite-se junto à corporação. É o que explica o chefe do setor de vistoria técnica do Corpo, o tenente Bombeiro Luís Gonzaga Fernandes, acrescentando que não foi respeitada a distância mínima de segurança entre a base de lançamento dos rojões e onde estava a multidão. "Pelo tipo de material usado, eles deveriam estar, ao menos, a 75m do evento, mas foram colocados a menos de 50".O tenente diz que a empresa não possui registro de Habite-se junto ao Corpo de Bombeiros, nem é cadastrada na 2a. Delegacia Especializada de Armas e Munições (Dame), e sequer apresentou à corporação o certificado de formação de qualquer técnico no curso de blaster, específico para profissionais de queima de fogos e oferecido pelas Forças Armadas. Todos esses documentos, segundo Luís Gonzaga, seriam o mínimo necessário para que a empresa pudesse operar. O bombeiro explica que foi pedido à prefeitura de Boa Saúde toda a documentação apresentada pela I.M. Pinheiros, "mas a nós foram entregues somente papéis relativos ao débito fiscal, contrato de licitação e o tipo de fogos comprados para o envento".Luís Gonzaga explica que o relatório se baseou principalmente no aspecto técnico da queima. Foram usados rojões de calibre três e morteiros no show pirotécnico. Segundo o tentente, esses objetos teriam sido colocados, principalmente, na posição vertical. Por isso, a distância regulamentar de segurança deveria ter sido bem maior do que a usada em Boa Saúde. Além disso, nenhum planejamento foi entregue ao Corpo de Bombeiros, que deveria ter sido informado para fazer uma vistoria cinco dias antes.O chefe de setor de vistoria informa que o relatório foi entregue ao comando geral da corporação e uma cópia será enviada para a prefeitura de Boa Saúde. "Outra cópia deve ser solicitada pelo delegado que cuida do inquérito e se juntará ao laudo pericial do Itep (Instituto Técnico-Científico de Polícia)". Segundo o tenente Gonzaga, será a polícia que apontará os responsáveis pelo acidente. O delegado Sérgio Freitas, responsável pela delegacia regional de São Paulo do Potengi e que preside o inquérito sobre o acidente, informa que ouviu três vítimas na quinta-feira e iria ouvir outras cinco ontem, mas todos confirmam que foi um dos fogos que caiu sobre o quiosque, em meio à multidão. Tais depoimentos praticamente descartam a hipótese de explosão de um botijão de gás que foi ventilada. "Agora devo aguardar o laudo do Itep". Ainda ontem, o próprio delegado foi fazer uma nova vistoria no local do acidente. "Queria tirar algumas dúvidas".A explosãoO acidente ocorreu por volta das 20h30 da terça-feira, durante o encerramento das festividades de Nossa Senhora da Boa Saúde, padroeira da cidade, durante a queima de fogos. Segundo o Coronel Francisco Reinaldo Lima, comandante do Comando de Policiamento do Interior, um dos fogos de artifício teria desviado o percurso e caído sobre um quiosque e explodiu no chão. Ao todo, 22 foram socorridas no Hospital Municipal Dr. Januário Cicco, enquanto que 12 outras foram levadas para o Pronto Socorro Clóvis Sarinho, em Natal, sendo quatro delas em estado grave. A equipe do Diário de Natal tentou contato com a empresa I.M. Pinheiros através de números de celulares fornecidos pelos Bombeiros, mas eles estavam o tempo todo desligados. "Nem nós conseguimos contato com eles", diz Gonzaga". A Tribuna do Norte, edição deste sábado 06 de fevereiro de 2010, publicou a seguinte matéria sobre o acidente com fogos de artifícios no encerramento da Festa de Nossa Senhora da Saúde."Bombeiros adiam divulgação do laudoPrevisto para ser divulgado ontem (5) pelo Corpo de Bombeiros Militar, o laudo da perícia que apura os responsáveis pelo acidente durante show pirotécnico da festa de padroeira de Boa Saúde, município a 69 quilômetros da capital, só será conhecido na próxima semana. Segundo o subcomandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel Gervásio Bentes, o Serviço Técnico de Engenharia finalizaria ontem o documento.“Depois de pronto, ele terá que ser analisado pelo comandante geral dos Bombeiros, Christian Bezerril, ou seja, ainda poderá sofrer alterações e, só então, poderá ser divulgado para a imprensa e população”, explicou. Os quatro pacientes vítimas da explosão encaminhados para tratamento no Hospital Walfredo Gurgel, continuam sem alteração no quadro clínico.Quem está em estado mais grave é a agricultora Patrícia da Rocha, 34 anos, que teve quase 100% do corpo queimado e corre risco de morte, sendo tratada no CTQ Centro de Tratamento de Queimados. No mesmo setor se encontra Igor Rodrigues, de 10 anos, que sofreu queimadura nas costas, no tórax e na cabeça e sua avó, Maria das Dores. Ela sofreu fraturas expostas e esteve no Centro de Recuperação Pós-Operatório (CRO), mas deve ser liberado em 15 dias. Ailson Gomes da Silva é a quarta vítima e tem quadro clínico menos grave. Ele se encontra na enfermaria, se recuperando de uma fratura na perna direita e de queimaduras. A mãe de Ailson, Terezinha Alves da Silva Gomes, 70 anos, foi liberada quinta-feira. Ela sofreu ferimentos na perna, nas costas e na nuca".
Postado por José Alaí de Souza às 4:35 AM 0 comentários
Sábado, Fevereiro 06, 2010

EXPLOSÃO NO ENCERRAMENTO DA FESTA DA PADROEIRA

Os noticiários de rádio e televisão de Natal continuam dando cobertura ao acidente com fogos de artifícios por ocasião do encerramanto da Festa da Padroeira.O Laudo do Corpo de Bombeiros deve ser divulgado nesta sexta feira, conforme noticia o jornal Tribuna do Norte, que informa também na edição de hoje, o estado de saúde de alguns pacientes internados no Hospital Walfredo Gurgel. Publicamos na íntegra a matéria.""Laudo de explosão fica pronto hojeOntem, o subcomandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel Gervásio Bentes, antecipou que a empresa IM Pinheiro, de São José do Mipibu, que vence sucessivas licitações para organizar festas na cidade desde o começo do ano passado, não está habilitada a organizar shows pirotécnicos.“Trata-se de uma microempresa regularizada, com CNPJ, mas que não tem registro na Delegacia de Armas e Munições (e, portanto, não é do ramo de eventos pirotécnicos), não dispõe de pessoal qualificado para o serviço, não apresentou projeto prévio contra incêndio, bem como não dispunha das Anotações de Responsabilidade Técnica (ART’s) exigidas”, declarou o coronel.Segundo ele, os resultados do laudo concluído hoje serão apresentados durante entrevista coletiva a ser convocada pelo comandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel Cristiano Bezerril da Silva.A conclusão da perícia é uma peça fundamental para a responsabilização criminal pelo acidente durante a realização da festa da padroeira de Boa Saúde, um evento que registra o comparecimento médio de 15 mil pessoas.Ontem, em Natal, a prefeita de Boa Saúde, Maria Edice Francisco e Félix, disse à TRIBUNA estar aguardando ansiosamente as conclusões do laudo do Corpo de Bombeiros, ao sugerir que ela pessoalmente ainda têm dúvidas quanto à origem do acidente.“Durante a festa, há muitos pagadores de promessas disparando rojões e é preciso que se apure bem o que pode ter provocado ferimentos nas pessoas”, afirmou.A prefeita assegurou que toda a documentação sobre a empresa responsável pela festa já havia sido entregue na manhã de ontem ao Corpo de Bombeiros. Mas essa informação foi negada pelo coronel Gervásio Bentes. “Até agora (16 horas de ontem) não recebemos absolutamente nada da Prefeitura de Boa Saúde”, afirmou.A prefeita admitiu que chegou a oficiar o Corpo de Bombeiro para que desse apoio durante a procissão religiosa, mas que em nenhum momento se preocupou em comunicar a corporação sobre o show pirotécnico. “Pensei que essa fosse atribuição da empresa organizadora”, disse.A empresa responsável pela organização do show de fogos foi a mesma contratada pela Prefeitura de Boa Saúde para realizar o Reveillon na cidade e a festa de 56 anos do município, comemorada no último dia 11 de dezembro. A festa da padroeira, como explicou a prefeita, é uma tradição que remonta há 132 anos, quando o município era a Vila de Boa Saúde.Caso de agricultora ainda requer cuidados especiaisQuatro pessoas ainda estão internadas no Hospital Estadual Walfredo Gurgel em decorrência do acidente com fogos de artifício durante a festa da padroeira na de Boa Saúde. O estado mais grave é o da agricultora Patrícia da Rocha, 34 anos, que teve quase 100% do corpo queimado. Ela ainda corre risco de morte.Patrícia da Rocha está internada no Centro de Tratamento para Queimados (CTQ) e está consciente. “Sentia muita dor, falava que ia morrer”, afirmou ela, que agora, devido aos analgésicos, sente apenas um desconforto na perna direita. “O quadro dela ainda requer cuidados. Devido as queimaduras, ela pode desenvolver infecções renais, respiratórias. Os próximos 15 dias serão decisivos”, afirmou o médico cirurgião plástico do HWG, Américo Martins.Além da Patrícia, também está internado no CTQ o jovem Igor Rodrigues, de 10 anos. Ele teve queimadura nas costas, no tórax e na cabeça. Na noite de quarta-feira teve febre em decorrência das queimaduras, mas se recupera bem. Ele deve ser liberado em duas semanas. Maria das Dores, avó de Igor, foi levada ao CTQ ontem. Antes, ela estava no Centro de Recuperação Pós-Operatório (CRO), pois havia passado por cirurgia devido à fratura exposta que teve nas duas pernas. “Ela também teve queimaduras no abdômen e no tórax”, contou Américo Martins.Ailson Gomes da Silva está em situação melhor. Ele já foi levado para a enfermaria, mas ainda se recupera de uma fratura na perna direita e de queimaduras. Ailson é filho de Terezinha Alves da Silva Gomes, de 70 anos, que foi liberada ontem após ter ferimentos na perna, nas costas e na nuca. Ela havia participado da procissão no final da tarde e estava na praça para visitar o filho. “Estava falando com ele quando houve a explosão. Pensei que não ia escapar, sangrava muito”, afirmou a senhora Terezinha, sentada em uma cadeira de rodas e com a perna enfaixada, enquanto esperava em frente ao HWG a chegada do carro que a levaria de volta para Boa Saúde.Vizinho a ela, também liberada pelos médicos, estava Roseane Felipe da Silva, de 24 anos. Ela é da cidade de Serrinha e tinha ido a Boa Saúde apenas participar dos festejos da padroeira. “Foi tudo muito rápido. Estava com meu filho de um ano e quatro meses nos braços e quando vi já estava no chão, com a perna toda cortada”, afirmou a mulher, que ainda tem problemas auditivos com o ouvido direito, devido a explosão. O filho dela sofreu um corte na perna e já foi liberado".
Postado por José Alaí de Souza às 10:04 AM 0 comentários
Quinta-feira, Fevereiro 04, 2010

EXPLOSÃO NA FESTA DA PADROEIRA DE BOA SAÚDE

A cidade de Boa Saúde, no período de 24 de janeiro a 02 de fevereiro de 2010 celebrou a Festa da sua Padroeira, Nossa Senhora da Saúde. A procissão e a missa de encerramento contaram com a presença da Governadora Vilma de Faria e da Prefeita Maria Edice e, apesar do dia 02 de fevereiro ter caído numa terça feira, cerca de mais de 8 mil pessoas lotaram a praça principal e adjacências. Mas o clima festivo foi substituído por muita tristeza ao final da queima dos fogos de artifícios patrocinados pela Prefeitura Municipal. Um dos fogos caiu e explodiu na Praça que se encontrava lotada pelos participantes do encerramento da festa. As primeiras informações eram que mais de 80 pessoas ficaram feridas, muitas das quais em estado grave, cuja remoção para o Hospital Monsenhor Walfredo foi providenciada de imediato graças as providencias tomadas pela Governadora que se encontrava na cidade e determinou que equipes do SAMU e do Corpo de Bombeiros fossem deslocadas para o local para atendimento às vítimas. Os municípios vizinhos atendendo solicitação da Prefeita de Boa Saúde também enviaram ambulâncias para auxiliar no socorro aos feridos. Além do Hospital Monsenhor Walfredo, as vítimas da explosão foram atendidas no hospital local e no Hospital de Santo Antônio. Várias pessoas disseram ter sentido o chão tremer; houve pânico e correria por ocasião da explosão. No dia 03 de fevereiro várias equipes de televisão, rádio e jornal estiveram em Boa Saúde para cobertura jornalística do acidente que foi notícia nos principais jornais e noticiários de TV e rádio da capital e da região Agreste. Até o momento em que elaboramos essa notícia, a Secretaria Municipal de Saúde não tinha divulgado as estatísticas sobre as vítimas do acidente e o Corpo de Bombeiros estava apurando as causas e os responsáveis pelo acidente.
Multidão que acompanhava a procissão algumas horas antes da explosão



Local do acidente no dia seguinte à explosão


Texto e fotos de José Alaí de Souza

A SEGUIR COBERTURA DOS PRINCIPAIS JORNAIS DE NATAL SOBRE O ACIDENTE:
TRIBUNA DO NORTE – Edição de 04//2/2010
Principal manchete da primeira página: "Prefeitura não pediu vistoria dos Bombeiros para os fogos", com a seguinte chamada para a matéria publicada no caderno NATAL, página 3:“O Corpo de Bombeiros não foi chamado para fazer vistoria e dar a autorização necessária para o show com fogos de artifício que resultou na explosão, terça feira à noite durante a festa da padroeira de Boa Saúde (a 69 km de Natal, no agreste potiguar), deixando 46 pessoas feridas , duas em estado grava. Essa é uma das primeiras constatações nas investigações abertas pela polícia sobre o acidente. A Queima de fogos, por uma empresa contratada pela prefeitura, estava sendo feita a partir da quadra de uma escola a menos de 30 da multidão. Um dos rojões explodiu sobre um quiosque. Várias pessoas foram feridas pelos estilhaços de mesas, telhas, ladrilhos e outro objetos despedaçados pela explosão. Das 15 vítimas atendidas no Hospital Walfredo Gurgel. Oito ainda estão internadas”.Matéria na integra, publicada na Pagina 3 do caderno NATAL:“Faltou vistoria em fogos de artifícioA polícia começou a investigar o acidente que ocorreu na cidade de Boa Saúde, na noite de terça-feira (2), onde 46 pessoas, entre feridos graves e leves foram atingidos por estilhações de um dos fogos de artifício que falhou no ar e explodiu no público que participava da festa em homenagem à padroeira do município. O inquérito policial foi aberto, na manhã de ontem, pelo delegado Sérgio Freitas, que atua interinamente, na Delegacia Regional de São Paulo do Potengi, porém o delegado titular da unidade policial, Petrus Antônnius que estava de férias foi convocado em caráter de urgência para ajudar nas investigações.ElisaElsie A explosão feriu 46 pessoas que estavam prestigiando a festa da padroeira Nossa Senhora da Boa Saúde, na noite de terça-feiraDurante a coletiva realizada na tarde de ontem, na Delegacia Geral da Polícia Civil (Degepol), o delegado responsável pelo policiamento do interior, Osmir Monte enfatizou que o acidente ocorreu porque não houve por parte da Prefeitura vistoria nos fogos de artifício. Segundo o delegado, o Corpo de Bombeiros não foi acionado para fazer a fiscalização. Monte enfatizou que a Degepol vai tomar todas as providências cabíveis para se chegar aos culpados, mas que somente com a conclusão do laudo pericial do Itep (Instituto Técnico-Científico de Polícia) e do laudo que será emitido pelo Corpo de Bombeiros, a polícia poderá traçar um parâmetro do que provocou o acidente. Os laudos devem ficar prontos até a próxima sexta-feira. “A oitiva das vítimas também irá nos ajudar a chegar aos culpados” Osmir Monte revelou que alguns dias antes de ser iniciado o evento, ele foi procurado pela organização da festa para encaminhar um maior policiamento para a cidade. “De pronto, mandei cinco policiais civis para a região e solicitei a PM que também enviasse um efetivo maior, o que foi feito”A lei estadual de número 11.996 de 1 de julho de 2009, no capítulo II, determina no artigo 3º que: O pedido para autorização de realização de espetáculo pirotécnico será apresentado ao Corpo de Bombeiros até o quinto dia útil antecedente ao evento, e instruído com a documentação necessária, discriminados nos incisos I e II e alíneas a, b, c e d. Relação discriminada dos fogos de artifício com indicação da marca; projeto de segurança contra incêndio, delimitação da área de segurança, posicionamento dos fogos, de acordo com a classe e calibre do tubo de lançamento, quantidade estimada de público; indicação do espaço reservado ao público, considerando a distância de segurança.Festa transforma-se em dor e pânicoTerceiro e último dia de festa da padroeira Nossa Senhora da Boa Saúde e a comunidade da cidade de mesmo nome, a 69 km de Natal, se preparava para, após o discurso da governadora Wilma de Faria, assistir aos shows programados. Na noite de terça-feira, porém, nem tudo correu como o esperado. Logo depois que a governadora falou para a multidão de quase 4 mil pessoas - segundo a Polícia Militar - começou o show pirotécnico que resultou em 46 feridos. Isso porque um dos fogos saiu do curso normal, caiu em cima de um quiosque e, logo em seguida, explodiu.O clima festivo se transformou em desespero e a banda de forró que começaria a tocar no palco montado em frente à igreja de Nossa Senhora de Boa Saúde deu lugar ao som das sirenes das ambulâncias. “Chamamos ambulâncias de várias cidades próximas, Serra Caiada, Elói de Souza, Lagoa Salgada, tudo para ajudar no transporte dos feridos”, afirmou o secretário municipal de Saúde da cidade, Eduardo Francisco Pontes.Para atender todos os feridos, a cidade teve que fazer uma verdadeira mobilização. “Todas receberam os primeiros socorros em Boa Saúde. Foi algo realmente importante, acredito. Pedi para chamar todos os enfermeiros da cidade e recebi o apoio também daqueles que já haviam feito estágio voluntário no hospital”, afirmou o secretário.Segundo a Secretaria, foram 14 pessoas atendidas no hospital municipal Dr. Januário Cicco. “Apenas ferimentos leves e pequenas queimaduras. Pela manhã, todas já haviam sido liberadas”, afirmou o médico de plantão do local, Shekson Ribeiro. Os casos mais graves - 15 - foram levados pelas ambulâncias das cidades vizinhas para o Hospital Estadual Walfredo Gurgel, em Natal. Se no hospital Januário Cicco todos já haviam sido liberados pela manhã, na praça da cidade localizada em frente à igreja, ainda havia muita aglomeração e pessoas relembrando o grave acidente ocorrido na noite anterior. “A gente estava mais na frente um pouco e só ouviu o estrondo da explosão. Corremos para lá e havia muita gente ferida. Depois, fiquei sabendo que 13 parentes meus, entre irmãs, sobrinhos e primos, se feriram no acidente”, afirmou o agricultor José Alves Pereira. Dos familiares dele que se feriram, o estado mais grave é de Maria de Lourdes Alves, de 53 anos, que foi encaminhada para o Walfredo Gurgel com um corte na cabeça.Apesar de não serem peritos - o Corpo de Bombeiros Militar e o Instituto Técnico Científico de Polícia (Itep) já estiveram no local no início da manhã fazendo a perícia - os moradores de Boa Saúde afirmaram que o acidente teve sua gravidade aumentada devido à proximidade entre fogos e multidão. “Os fogos estavam na quadra de uma escola que não fica a 30 metros de onde já havia muita gente e os quiosques”, afirmou o sargento da PM, Arimateia, da Delegacia da cidade.Os fogos eram de responsabilidade de uma empresa contratada pela Prefeitura Municipal através de licitação e estavam sendo acesos na escola Maria do Rosário. “O relatório do Itep e dos Bombeiros deve ser enviado diretamente para o delegado regional Sérgio Freitas, enquanto o titular daqui está de férias”, afirmou Arimateia.Oito pacientes estão no WalfredoOito dos 15 pacientes que deram entrada na noite de ontem, no hospital Walfredo Gurgel, vítimas da explosão em Boa Saúde, ainda permanecem internados sem previsão de alta-hospitalar. Entre os casos mais graves estão uma criança e uma estudante que teve quase a totalidade do corpo queimado. O acidente, segundo relatos das vítimas e familiares foi causado por uma girândola que explodiu ao cair em cima do telhado de um quiosque, próximo ao palco onde a governadora Wilma de Farias e demais autoridades locais estavam para participar da festa da padroeira da cidade.O menino Igor Rodrigues, de 10 anos, é o único internado no centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do HWG. Igor teve queimaduras de 2º grau nos braços, costas e pernas. O estado é considerado gravíssimo e requer cuidados constantes, em virtude da extensão dos ferimentos e da idade do paciente, cuja recuperação deve ser lenta.O caso da estudante Patrícia Rocha da Costa, 25, é também bastante preocupante. Sentada próximo ao local da explosão, ela teve queimaduras em cerca de 95% do corpo, apenas parte da face não foi atingida. A moradora de Boa Saúde é mantida sob observação, no Centro de Recuperação Pós-Operatório (CRO) e respira com a ajuda de aparelho, após ser submetida a cirurgia para a retirada de estilhaço e recuperação das áreas. A previsão é que ela seja transferida ainda hoje para o Centro de Queimados e seja monitorada para evitar infecções.Ainda no CRO, outras duas vítimas permanecem em observação. O agricultor Ailson Gomes da Silva, 41, que sofreu fratura na perna direita, queimaduras e escoriações pelo corpo, e a dona de casa Maria das Dores Alves da Silva, 48, moradora de Serrinha dos Pintos. A senhora teve queimaduras e cortes no tórax, costas e abdômen, e respira por meio de suporte de oxigênio. A gravidade dos ferimentos, segundo informações da enfermaria, exige cuidados especiais.Durante o acidente, outros três familiares de Maria da Dores foram atingidos. O marido Francisco Antônio da Silva, 52, foi levado para o HWG após passar pelos hospitais regionais de Boa Saúde e Santo Antônio do Salto da Onça. O agricultor que teve a perna direita mutilada pelos estilhaços de telhado e mesas, foi liberado na manhã de ontem e aguardava ambulância do hospital daquela cidade, para retornar para casa. “Foi tudo muito rápido, quando a gente viu a girandola já tinha batido no beiral da barraca e espatifado tudo. O pó cobriu e eu tentei correr e acabei caindo, quando me socorreram. A mulher (Maria das Dores) e minha filha e neto ficaram caídos também”, lembra. O neto Bruno, de 1 ano e meio, também foi liberado após levar cinco pontos no joelho. O pai da criança, Maciel Pereira da Silva, conta que não estava em casa, durante o ocorrido e estranhou a demora no retorno da esposa Rosiane Felipe, 25, com o filho para casa. “Soube por um vizinho que avisou que trouxeram ela, o bebe, meu sogro e sogra pra cá. Com a explosão meu filho foi lançado para debaixo de uma cadeira e foi encontrado por uma estranha”.Rosiane é uma das internas no setor de Politrauma. Ela deu entrada com corte profundo na cabeça, nas costas e no abdômen e permanece em observação. Na urgência de traumas, encontram-se ainda Maria de Lourdes Alves Pontes, a aposentada Terezinha Alves da Silva Gomes, 70, e Manoel da Silva Neto, 27. Consciente , ele aguardava o médico”.

DIÁRIO DE NATAL - Edição de 04/02/2010

“Queima de fogos estava irregularBombeiros constataram problemas em festa na qual ocorreu explosão na cidade de Boa Saúde Uma inspeção do Corpo de Bombeiros feita na manhã de ontem verificou várias irregularidades na área de queima dos fogos do encerramento da festa da padroeira do município de Boa Saúde, a cerca de 63km, onde um rojão teria desviado e explodido próximo de várias pessoas em um quiosque. Quinze pessoas estão internadas no Hospital Walfredo Gurgel e em hospitais de Boa Saúde e Santo Antônio. Uma senhora teve 100% do corpo queimado e um rapaz perdeu audição em um dos ouvidos. Ao todo, 28 pessoas se feriram. Segundo o tenente Bombeiro Luís Gonzaga Fernandes, chefe do setor de vistoria técnica, o local usado como base de lançamento do show pirotécnico, a quadra da Escola Estadual Maria do Rosário, não apresentava algumas medidas de segurança, como a distância limite mínima de 58m. Ele afirma ainda que os bombeiros não foram notificados oficialmente de que haveria queima de fogos no evento.Ontem à tarde, durante entrevista coletiva, o diretor de Polícia Civil para o interior, Osmir Monte, vai disse que vai esperar o resultado der laudos do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) para apontar responsabilidades. O laudo não tem data para sair,segundo o delegado. "Já estamos ouvindo os pacientes que receberam alta", disse.O acidente ocorreu por volta das 20h30 da terça-feira, durante o encerramento das festividades de Nossa Senhora da Boa Saúde, padroeira da cidade, durante a queima de fogos. Segundo o Coronel Francisco Reinaldo Lima, comandante do Comando de Policiamento do Interior, um dos fogos de artifício teria desviado o percurso e caído sobre um quiosque e explodiu no chão. Ao todo, 22 foram socorridas no Hospital Municipal Dr. Januário Cicco, enquanto que 12 outras foram levadas para o Pronto Socorro Clóvis Sarinho, em Natal, sendo quatro delas em estado grave.Após a vistoria no local ontem pela manhã, a equipe coordenada pelo tenente Gonzaga, dos Bombeiros, verificou que os canhões, provavelmente de calibre quatro, não foram devidamente posicionados sobre uma superfície de tijolos, nem tinham amarrações a estacas de aço, que poderiam ter evitado que eles tombassem durante as explosões. Além disso, foram colocados a distância menor que 58m. "Isso se eles estivessem inclinados. Mas, se estivessem em pé, como provavelmente aconteceu, deveria-se estar a, pelo menos, 85 metros". Foi verificado ainda que o local da queima foi modificado antes da chegada dos bombeiros, o que dificultou a inspeção. O chefe do setor de vistorias alega que o Corpo de Bombeiros não foi oficialmente informado sobre a queima de fogos, como deve ser feito segundo a Lei Estadual 9.187. Nessa lei, segundo ele, todo show pirotécnico deve ser notificado aos Bombeiros cinco dias antes, para ser feita a inspeção de segurança. Além disso, a empresa deve apresentar o planejamento da queima e um técnico responsável, formado no curso de blaster, feito junto às Forças Armadas. "Nada disso foi nos repassado oficialmente até então.PrefeituraO assessor de imprensa da prefeitura de Boa Saúde, Nilson Lima, afirma que a contratação da empresa I.M. Pinheiros, responsável pelo show pirotécnico, foi feita dentro da legalidade e todo o planejamento foi entregue ao governo municipal. "É uma empresa de confiança que há anos trabalha nesse tipo de evento, não só aqui, mas em cidades vizinhas". Ele afirma que o Corpo de Bombeiros foi informado oficialmente sobre o evento, "mas talvez não tenha sido especificada a parte da queima. Acredito que tenha ocorrido uma falha nesse sentido". Segundo ele, a prefeitura deve aguardar os laudos técnicos para tomar algum posicionamento, porém, assegura que todas as famílias do feridos graves estão sendo assistidas. A documentação apresentada pela empresa à prefeitura foi entregue ontem para os Bombeiros”.“Testemunhas relatam momentos de pânico. O agricultor Francisco Antônio da Silva, de 51 anos, foi do município de Serrinha para prestigiar a última noite de festa em Boa Saúde. Ele conta que estava embaixo de um dos quiosques quando ocorreram as explosões. "Já estava no final da festa. Quando percebi, os fogos caíram em cima do quiosque. Corri, mas tinha muita fumaça e muita poeira. Logo depois vi que meu braço e minha perna estavam sangrando", relata. Ele foi atingido pelos estilhaços no braço direito e na perna esquerda e levado para o Hospital de Boa Saúde, de onde foi transferido para o HWG. A esposa de Francisco Antônio, Maria das Dores, de 45 anos, é uma das mulheres que está internada no Walfredo Gurgel. Ela é mãe de uma criança de seis anos que sofreu queimaduras de segundo grau pelo corpo.Alguns dos queimados foram trazidos para o Hospital Walfredo Gurgel. O agricultor Maciel Pererira da Silva, de 26 anos, escapou da tragédia porque não acompanhou a família nos festejos. Entretanto, o filho dele, de um ano e seis meses, e a mulher, Roseane Felipe da Silva, 25, foram atingidos. "O meu filho foi encontrado embaixo de uma mesa por um amigo, que trouxe ele para casa e depois levou para o hospital de Santo Antônio". A criança foi atingida no joelho e levou cinco pontos. A esposa de Maciel continua internada no Walfredo Gurgel. Imediatamente após o susto, quem estava no local e não tinha se ferido fugiu ou decidiu ajudar de alguma forma. O estudante José Cláudio Miguel Sobrinho, 36 anos, conta que estava em um quiosque ao lado e viu quando o rojão atingiu o telhado. "Na hora, quem podia correr, fugiu. Enquanto isso, a gente vinha chamando os carros para levar as pessoas". O secretário de saúde de Boa Saúde, Erivaldo Francisco de Pontes, disse que ele mesmo resolveu socorrer os feridos no hospital. "Esou me formando em enfermagem e também dei assistência".Segundo o secretário, três municípios vizinhos enviaram, cada um, duas viaturas, além do serviço de atendimento móvel de urgência (Samu) de Natal foi deslocado para socorrer os feridos. Às 2h da madrugada de ontem, todos os pacientes no hospital foram medicados e encaminhados.GovernadoraA governadora Wilma de Faria estava no local no momento das explosões. Ela estava em cima de um palanque montado para a celebração da missa campal, acompanhada da prefeita de Boa Saúde, Maria Dirce, e de autoridades locais. Ninguém que estava no palanque saiu ferido. Ainda na noite de ontem, a governadora Wilma de Faria comentou, pelo Twitter, o acidente em Boa Saúde. "Confesso que ainda estou sob o choque da explosão que vitimou as pessoas. Estava no palanque com a prefeita Edice e o pároco César. Estamos fazendo de tudo para atender as vítimas deste acidente, deslocando ambulâncias para a cidade e removendo feridos a Natal. Estou acompanhando informações e muito triste mesmo. Estou solidária a todas as vítimas. Solidária aos seus familares e amigos. Com a graça de Deus e o trabalho dos profissionais da saúde, haveremos de superar este drama. Repito: foi um momento terrível. Principalmente porque as pessoas estavam felizes, confraternizando-se na festa da padroeira", escreveu. Cercade 20 ambulâncias chegaram à cidade durante a noite para fazer o transporte das vítimas para as cidades próximas, como Serrinha, Santo Antonio e Serra Caiada".Postado por José Alaí de Souza às 9:52 PM 0 comentários Thursday, January 28, 2010
Postado por José Alaí de Souza às 7:46 PM 0 comentários
Quinta-feira, Janeiro 28, 2010

ARTESÃOS DE BOA SAÚDE- RN PARTICIPAM DA FIART

De 22 a 31 de janeiro de 2010 a Associação dos Artesãos de Boa Saúde, com o apoio do Conselho Comunitário de Boa Saúde, participa da 15ª FIART – Feira Internacional de Artesanato, no Centro de Convenções de Natal, um evento promovido pelo Governo do Estado, Prefeitura de Natal e SEBRAE. A 15ª FIART conta com a participação de artesãos de 18.países, dos 27 estados do Brasil e da maioria dos municípios do Rio Grande do Norte. Além da exposição e comercialização do bonito e variado artesanato de várias partes do mundo, a FIART é um encontro de vários povos, várias culturas e tradições. Os artesãos de Boa Saúde estão participando da FIART pela primeira vez, depois que os produtos confeccionados por um grupo de 12 mulheres foram avaliados pelo PROART e considerados de boa qualidade e em condições de competir com o artesanato que é exposto e comercializado no referido evento.O estande de Boa Saúde ficou localizado na mesma ala em que ficaram localizados os famosos bordados de Caicó e o artesanato em pedras de Currais Novos, na área reservada pelo Governo do Estado para as Associações de Artesãos e artesãos autônomos, contando com toda assistência do PROART/ Secretaria de Estado do Trabalho, Habitação e Assistência Social que tem como Secretário José Gercino Saraiva. O estande do artesanato de Boa Saúde recebeu a visita da Governadora Vilma de Farias, do Senador Garibalde Alves, do Secretário de Trabalho e Ação Social e outras autoridades que visitaram a FIART.Os principais produtos comercializados na FIART pela Associação dos Artesãos de Boa Saúde foram: panos de prato, toalhas de lavabo, estolas, conjuntos para banheiro, conjuntos de toalhas de banho, tapetes para banheiro, almofadas, sandálias decoradas, colares e tiaras. A maioria dos produtos foram confeccionados com tecidos e fios em algodão cru, utilizando como técnicas artesanais: crochê, fuxico, borda-do em ponto cruz e vagonite e a pintura em tecido. Na fase de produção os artesãos contaram com a orientação dos técnicos Marcílio de Souza, do PROART e Gilson Firmino. A coordenação do estande ficou sob a responsabilidade de uma equipe composta por José Alaí, Eridante, Aparecida Campos e Sônia Rafael. Fazendo uma rápida avaliação, José Alaí considerou que “essa participação na FIART foi a primeira grande oportunidade que os artesãos de Boa Saúde tiveram de mostrar o seu talento e comercializar o seu trabalho num evento onde a população de Natal se faz presente, além dos turistas de todo o Brasil e de várias partes do mundo. Resta-nos agora aperfeiçoar cada vez mais o nosso artesanato, buscando o apoios e parcerias necessárias”.