quarta-feira, 24 de agosto de 2011

ARTESANATO

ARTESÃS DE BOA SAÚDE PRODUZEM LUMINÁRIA GIGANTE EM CROCHÉ E FUXICO PARA DECORAR AMBIENTE DA FEIRA POTIGUAR DE ARTESANATO

Atendendo solicitação da Coordenação do PROART (Programa Estadual de Desenvolvimento do Artesanato da SETHAS), artesãs de Boa Saúde estão confeccionando uma luminária, tamanho gigante, para fazer parte da decoração do pavilhão da Feira Potiguar de Artesanato. A referida feira será realizada no período de 31 de agosto a 04 de setembro próximo, na Praça André de Albuquerque, dentro da programação do evento AGOSTO DA ALEGRIA, que está sendo realizada durante esse mês de agosto, pelo Governo do Estado, com patrocínios do CESC/RN e Banco do Nordeste.

Vejam as fotos:




SERRA CAIADA E BOA SAÚDE TÊM NOVO VIGÁRIO



Padre Jonerickson Gomes da Silva

Neste dia 24 de agosto de 2011, a Paróquia de Serra Caiada está em festa recebendo o seu novo vigário, Padre Jonerickson Gomes da Silva, em substituição ao Padre Francisco César que atualmente está assumindo a Paróquia de Ipanguassu. A comunidade católica de Boa Saúde agradece o convívio com o Padre César e a sua dedicação como pastor durante a sua permanência à frente da capela de Nossa Senhora da Saúde.

O Padre Jonerickson nasceu em Natal no dia 05 de janeiro de 1971 e ordenou-se no dia 25 de abril de 2002. Antes de ser nomeado vigário da Paróquia de Serra Caiada, o Padre Jonerickson estava assumindo a Paróquia de Macaíba. Sua chegada como novo vigário de Serra Caiada e Boa Saúde é aguardada com a expectativa de que possa realizar a sua missão de pastor com muita dedicação e que aqui encontre os meios e as condições necessárias para semear a palavra e colher bons frutos.

Seja bem-vindo Padre Jonerickson!


Padre Jonerickson por ocasião de celebração

na Igreja Matriz de Macaíba


LEMBRANDO PADRE VILELA (Homenagem in memorian)

Neste 24 de agosto de 2011, dia em que a Paróquia de Serra Caiada recebe o seu novo vigário, Padre Jonerickson Gomes da Silva, em substituição ao Padre Francisco César é oportuno lembrar que a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Serra Caiada foi criada no dia 06 de janeiro de 1956, tendo como primeiro vigário o Padre Antônio Vilela Dantas.

Padre Vilela nasceu em Natal/RN no ano de 1927. Ordenou-se padre em 19/12/1954. Durante os 52 anos de sacerdócio, atuou nas paróquias de Ceará-Mirim, Nossa Senhora das Graças e Santa Teresinha, no bairro do Tirol em Natal, São Tomé, São Paulo do Potengi, São José do Campestre e Serra Caiada . No período de 1963 a 1977 ele esteve na Diocese de Garanhuns/PE, e em São Paulo/SP. No retornou ao Estado, foi vigário cooperador de Morro Branco e de Lagoa Seca, além de capelão da Colônia Penal Dr. João Chaves. Em 1978 foi nomeado o primeiro vigário de Candelária, em Natal e tornou-se mais conhecido pela sua atuação na paróquia e dinamização dos movimentos de jovens. Em julho de 2002, exatos 26 anos depois de atuação em Candelária, padre Vilela deixou a paróquia por complicações de saúde e veio a falecer, aos 77 anos de idade, no dia 26/11/2006.
A atuação de Padre Vilela como vigário, em todas as paróquias onde atuou, não se limitou ao trabalho pastoral. Sua presença foi marcante, também, na formação dos jovens, no treinamento de lideranças e na organização das comunidades.
Enquanto vigário da Paróquia de Serra Caiada, sua área de atuação correspondia aos municípios
de Serra Caiada, Boa Saúde, Bom Jesus e Senador Elói de Souza.

Sua
presença em Boa Saúde além das atividades pastorais e de evangelização, muito contribuiu para o desenvolvimento da comunidade.

A
organização dos trabalhadores rurais de Boa Saúde teve início com a criação de uma Delegacia Sindical a partir da fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Serra Caiada, em 18/11/1960, com o apoio de Padre Vilela.

Além
da sindicalização dos trabalhadores rurais, com o objetivo de realizar um trabalho de assistência e promoção social ele incentivou a organização das famílias e dos jovens em grupos ou instituições. Em Boa Saúde foram criados: o Centro Social Izaú Vilela, o Clube de Mães Nossa Senhora da Saúde e a Juventude Agrária Católica -JAC.

O
Centro Social tinha como presidente Josefa Nunes de Medeiros, Dona Zefinha. Era uma espécie de carro chefe das atividades de assistência social e promoção humana que eram realizadas sob a orientação do Serviço de Assistência Rural – SAR: alfabetização de adultos através das escolas radiofônicas do MEB (Movimento de Educação de Base) e curso ginasial pelo rádio, transmitidos pela Emissora Rural; distribuição de roupas e alimentos da Caritas; promoção de palestras e campanhas educativas; distribuição de filtros; empréstimos rotativos de sementes, inseticida, instrumentos de trabalho e pequenos animais aos agricultores, além de outras realizações, como: curso de corte e costura, celebração da páscoa coletiva e comemoração das principais datas festivas: Dia das Mães, São João, Natal e Ano Novo.

O
Clube de Mães, cuja presidente era Maria da Salete de Lima Andrade, realizava um trabalho com as mães através de reuniões, palestras educativas e confecção de enxovais para os recém-nascidos pelas próprias gestantes, com tecidos comprados com recursos da mensalidade das sócias

A participação da JAC nas
atividades do centro social reunia um grupo de jovens sob a liderança de José Alaí de Souza, que chegou a ser presidente nacional da JAC e diretor do Correio Rural, jornal editado a nível nacional pela JAC, no período de 1962 a 1965.

Padre
Vilela foi responsável, ainda, pela construção da atual igreja de Nossa Senhora da Saúde, no início da década de 1960, e pelas capelas de Logradouro e Guarani. A construção do Clube 2 de Fevereiro, pela comunidade, também contou com o seu incentivo e apoio.





sexta-feira, 19 de agosto de 2011

AGOSTO DA ALEGRIA

O evento AGOSTO DA ALEGRIA terá Feira do Artesanato Potiguar

Como parte da programação do evento AGOSTO DA ALEGRIA promovido pelo Governo do Estado, com a participação de várias instituições, será realizada na Praça André, em Natal a FEIRA DO ARTESANATO POTIGUAR, no período de 31 de agosto a 04 se setembro. Aberta ao público, de 15 às 23 horas, além da exposição e comercialização do artesanato das várias regiões do Rio Grande do Norte, a feira conta também com as seguintes atividades: oficinas de artesanato; salão de peças do Artesanato Potiguar; desfile de modas; Festival de Gastronomia e apresentações de grupos folclóricos.

O artesanato tradicional de Boa Saúde em crochê e fuxico da vovó será comercializado durante a referida feira. Você que é boasaudense de nascimento ou de coração prestigie o trabalho dos artesãos de Boa Saúde, indo a feira, recomendando aos amigos ou, ainda, comprando produtos em tecido com crochê e fuxico da vovó. Serão comercializados: panos de prato, toalhas de mão, panos para gelágua, caminhos de mesa e peças do vestuário feminino (saídas de praia, blusas e boleros).

O Artesanato de Boa Saúde estará presente no próximo dia 26 de agosto na cidade de Tangará, participando da Feira de Artesanato que será realizada por ocasião da Ação de Cidadania que será realizada naquela cidade. Está prevista, também, a participação de Boa Saúde na Feira Brasil Mostra Brasil, que será realizada em Natal, no Centro de Convenções, no período de 01 a 10 de setembro próximo.



Toalhas de mão
Barra de uma saída de praia
Tapete de fuxico - reciclagem de retalhos
Artesãs em reunião de trabalho

O ARTESANATO DE DONA ANITA

AGOSTO DA ALEGRIA

Neste Agosto de 2011, mês em que o Governo do Estado está realizando o evento AGOSTO DA ALEGRIA com a participação de várias instituições, esse Blog presta uma homenagem (in memorian) a Dona Anita Marques, uma grande artesã de Nizia Floresta/RN.

Presépio confeccionado por Dona Anitafeito com retalhos
de tecido, em 1989 - coleção particular de José Alaí de Souza
Foto: José Alaí de Souza

Dona Anita morava em Nizia Floresta/RN. Confeccionava bonecas de pano representando os mais variados tipos de personagens que pareciam ter vida e falar. Eram casais de noivos, enfermeiras, ciganas... Eram muitos os seus personagens feitos com muita habilidade e carinho, com retalhos de pano. Entre 1989 e 1991, por solicitação do PROART (Programa de Desenvolvimento do Artesanato Potiguar) passou a fazer grupos folcóricos, como: pastoril e fandango, além de presépios natalinos, que eram expostos e comercializados em feiras nacionais de artesanato realizadas em vários estados do País. Nessa época, trabalhos de Dona Anita foram doados para fazer parte do acervo de arte popular do Memorial da América Latina em São Paulo/SP.


A CERÂMICA UTILITÁRIA E DECORATIVA DE DONA NENÉM

AGOSTO DA ALEGRIA

Neste Agosto de 2011, mês em que o Governo do Estado, com a participação de várias instituições, está realizando o evento AGOSTO DA ALEGRIA, esse Blog presta uma homenagema (in memorian) a uma grande artesã e ceramista: Dona Neném, de Santo Antônio dos Barreiros, município de São Gonçalo do Amarente/RN

MARIA DAS NEVES FELIPE: Dona Neném - Ceramista de

Santo Antônio dos Barreiros – São Gonçalo do Amarante/RN

Nasceu em 15 de abril de 1927, começou a trabalhar ainda na infância aos 10 (dez) anos de idade, realizando inicialmente peças de lúdica, inicialmente cavalinhos. É de família ceramista, dos quatro irmãos, três trabalhavam como oleiros, sendo eles (Palmira, Miriam e Chiquinha). Suas peças eram pintadas com esmalte sintético (“tinta de porta”) ou toá (barro vermelho, toponímia tupi), obedecendo a um esquema nitidamente fértil, valorizando a disposiçã o fecunda, a coloração viva e quente e a utilização de frutos e flores como elementos de fertilidade.

O apelido de D. Neném, ainda permanece na memória dos ceramistas locais e pesquisadores, referência profissional, admirada por todos como uma verdadeira artista. Foi discípula de Antônio Soares com quem aprendeu a lidar com o barro, de forma profissional. Com o mestre ela iniciou alisando suas peças, talvez seja por isso que se especializou nessa fase do processo, dedicando maistempo que o de costume, obtendo assim uma áurea inigualável. Ela sempre se preocupou com a qualidade e nunca com a quantidade de suas peças artesanais Aprendeu assim a modelar o galo de barro branco, aplicando pela primeira vez em sua superfície, delicados ramos de folhas verdes e flores vermelhas, pintados com grande segurança em tinta óleo e que regularmente apresentava variações. O efeito era bastante atraente resultante do contrastecom a cor clara e natural da cerâmica após a queima. Suas peças em comparação com as de Antônio Soares eram menos bojudas e volumosas, sendo assim D. Neném conseguiu imprimir sua personalidade em suas artesanais. Além do galo sua produção incluía ainda a confecção de bonecas, garrafas e quartinhas, igualmente pintadas com semelhante esmero, caracterizando seu gosto pela louça de feição decorativa. Fonte: www.saogoncalorn.com.br

Galo de argila branca – Artesanato de Dona Neném

(Acervo particular de José Alaí de Souza)

Foto/arquivo: José Alaí de Souza

DONA NENÉM

Autor: Deífilo Gurgel - Pesquisador, poeta e folclorista

D. Neném é a mesma
Maria das Neves, ha-
bitante de Santo Antônio
dos Barreiros, Potiguar.

D. Neném faz figuras
De barro, como não há,
mas principalmente, faz
uns galos de admirar

A Campanha de Defesa
do Folclore imprimiu
um cartaz com um desses galos
que correu todo o Brasil.

No entanto, D. Neném
nunca saiu do seu canto.
Seu riso é breve e modesto,
Ninguém lhe sabe do pranto

No artesanato vigora
esta lei, cruel e dura:
o criador nada vale,
vale mais a criatura.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

AS MENINAS DAS COVINHAS: História de fé, em Rodolfo Fernandes - RN

Capela das Meninas das Covinhas
Foto: Irene van den Berg
Cruzeiro - As pedras significam pedidos ou graças alcançadas
Foto: Irene van den Berg
As covinhas no interior da capela
Foto: Irene van den Berg
As covinhas com objetos deixados pelos remeiros
Foto: Fernanda Suely de Menezes
Bento Honório - Foto: Tribuna do Norte
Nos anos de 1876 a 1878 ocorreu uma grande seca no Nordeste e muitas pessoas morreram de fome, sede e doenças comuns nesse tipo de flagelo. Muitos dos sobreviventes deixaram o sertão e saíram em retirada com a esperança de escapar. Contam os mais antigos, que no final de 1877, um dos sobreviventes da seca no Ceará, veio para o Rio Grande do Norte com duas filhas menores e chegando ao interior de Portalegre, em território que hoje pertence ao município de Rodolfo Fernandes, as duas meninas não resistiram e morreram em baixo de uma árvore, enquanto o pai saíu a procura de água e alimento para socorrê-las. Os corpos das meninas foram sepultados aonde faleceram, em terras que hoje pertencem a Raimundo Honório Cavalcante de Oliveira, mais conhecido como Bento Honório.
Milagres são atribuídos às Meninas das Covinhas, como são chamadas, principalmente, depois que Bento Honório construiu uma capela no local e tornou-se o principal responsável pela disseminação da fé nas Meninas das Covinhas, ao sentir-se curado de uma doença grave depois de fazer uma promessa.
Ao ter sua prece atendida, Bento Honório pagou a promessa de construir uma igreja em homenagem às Meninas das Covinhas no local onde foram sepultadas e que tornou-se um centro de romaria, no município de Rodolfo Fernandes. Todos os anos, no dia 12 de outubro é realizada uma grande festa em homenagem às Meninas das Covinhas, atraindo romeiros de várias cidades do Rio Grande do Norte e de outros estados.
No inrerior da capela, além das covinhas onde foram sepultadas as meninas, estão expostos ex-votos, fotografias e pertences pessoais deixados por pessoas que conseguiram alcançar uma graça.